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Opinião: Assim como em relação à seca, teremos de aprender a conviver com o coronavírus

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O coronavírus estará para o Brasil o que a seca está para o Nordeste: não tem solução, e o melhor é todos se prepararem para aprender a conviver com este vírus desgraçado.

Não é que não tenha solução, exatamente. Afinal, em alguns países as coisas estão voltando ao normal; nos Estados Unidos, por exemplo, uso de máscaras já é dispensado, com exceção em hospitais. É que por aqui não se adota os procedimentos de efeitos satisfatórios e comprovados.

Ora, vivemos num Brasil em que tem médicos prescrevendo Cloroquina, imagine só!…

No Brasil são dois problemas básicos para a alegria e festa do coronavírus: de um lado, a falta de educação, e de consciência de grande parte da população, que desdenha da situação, não usa máscaras, aglomera e promove festinhas aqui e a cola; do outro lado, as políticas equivocadas dos governos, tanto estadual quando municipais, para o enfrentamento da do coronavírus.

Nada, absolutamente nada, deu resultado. E não dará, pelo que temos visto.

Meia-boca
No campo dos governos, todas as medidas são à meia-boca; não se adota medidas que verdadeiramente sejam eficazes; vivemos num eterno abre-e-fecha disso e daquilo; os decretos fecham as igrejas e deixam os bares abertos, pelo menos até às 22 horas, como se, a partir desse horário, o vírus fosse dormir e nos deixasse em paz.

Em João Pessoa, principalmente, há uma notória e inacreditável tolerância com bares e restaurantes, estabelecimentos onde, necessariamente o frequentador tem que tirar a máscara, porque ninguém come e bene mascarado.

Economia
E sempre tem aquela velha ladainha de que a economia não suporta medidas mais drásticas. Ora, a economia não está suportando é uma pandemia que se aproxima de dois anos com um volume de mortos pela Covid-19 que se aproxima de meio milhão de cadáveres.

As vidas, é bom que se diga, não são recuperáveis. A economia, sim, pode se recuperar. Alias, as maiores e mais fortalecidas nações e economias ressurgiram do caos, das catástrofes.

Não à privatização

A senadora Nilda Gondim – assim como o seu filho, o também senador Beneziano Vital do Rego – deu um sonoro não ao projeto de privatização da Eletrobrás.

Nilda Gondim assim justificou o seu voto:

“Fomos votos vencidos – lamentavelmente por muito pouco (42 sins; 37 nãos).
A Eletrobrás, a gigante do setor elétrico, estratégica para o futuro do país, está prestes a ser arrancada dos brasileiros.

Deixando de ser patrimônio do nosso povo.

Não estamos abrindo mão de pouca coisa:
A Eletrobrás é uma empresa enxuta e saudável, que gerou 30 bilhões de reais nos últimos três anos, com fôlego financeiro para operacionalizar investimentos na infraestrutura elétrica do pais.

Sem dúvida, um dos ativos mais estratégicos da soberania nacional.

Não poderia, portanto, agir diferente:
À essa irresponsabilidade catastrófica, disse não.

Direi quantas vezes forem necessárias, através do meu voto no Senado Federal.

E ainda que a iminência da derrota seja amarga (a Medida Provisória será votada de novo na Câmara Federal), a consciência de que travo essa batalha do lado certo do balcão é reconfortante.

Jamais pactuarei com negociações não republicanas.

Nem ajudarei os jabutis a subirem na espinha dorsal dos brasileiros.

Pois eles farão estrago no nosso bolso nos próximos anos, impactando o custo da geração e distribuição de energia – com reflexos diretos na conta de luz dos consumidores.

Para se ter noção do que está em curso, é preciso revelar que a entrega da Eletrobrás ocorre sem que se saiba sequer quanto será pago por ela.

A operação – toda ela – é absurda e estranha (para dizer o mínimo).

Levada a termo por recurso inconstitucional (Medida Provisória), sem debate público e com muito açodamento.

Lembra a estratégia da porteira aberta para passar a boiada do desastre enquanto o país está mergulhado no caos trágico da pandemia.

Nada, porém, escapa aos olhos da história.

E ela julgará de forma severa e justa todos os que atuaram contra o país e o povo brasileiro.”

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