O choque de interesses entre indivíduos e grupos na sociedade provoca a luta pelo poder e seu exercício em diferentes configurações institucionais, inclusive na esfera política, pondo muitas vezes a sociedade e o próprio Estado em situação de risco.
Tal fenômeno secular foi repetido de forma ácida e inócua para o crescimento da Paraíba, após os comentários do deputado federal Damião Feliciano (PDT) que, no último sábado, teceu críticas severas ao presidente da Assembleia Legislativa da PB, Adriano Galdino (PSB).
Feliciano chegou a informar que estaria sendo formulado um golpe na Assembleia Legislativa, estando à frente do movimento Galdino, para “derrubar” o governador João Azevêdo (Cidadania) e a esposa do parlamentar federal, Lígia Feliciano (PDT). O expediente em formato de impeachment viria sob o argumento que os gestores teriam praticado crime de responsabilidade.
De fato foi protocolizado o pedido de impeachment pelo deputado estadual Walber Virgolino (Patriotas), e outros membros da oposição, em desfavor de Azevêdo e Lígia Feliciano. E coube ao presidente da Casa explicar que é prerrogativa de qualquer parlamentar apresentar requerimentos e projetos de lei, desde que estejam enquadrados nos pré-requisitos regimentais.
A Paraíba necessita de governabilidade, não de embates políticos descabidos
E nesse embate descabido é a própria Paraíba e seu povo que sente o golpe, trazendo nesse tipo de atitude “promovido” por Damião Feliciano um certo desconforto, para não dizer preocupação em relação ao que está realmente por trás dos ataques.
Como forma de melhorar as boas relações da base governista na Assembleia Legislativa e a própria bancada federal, aí envolvendo deputados e senadores, estando também inserida a figura de João Azevêdo, não há outro caminho, exceto o diálogo. Afinal, a tática da terra arrasada usada na Segunda Guerra Mundial, com êxito, encontra resistência nos dias atuais.
Um anacronismo absurdo que pode ser retirado do calendário político paraibano, pondo a diplomacia como principal peça para debelar uma crise. Em tempo, um país, um estado, um continente, uma sociedade só prospera com a paz e o bom debate. Não vejo outra solução.
Eliabe Castor
PB Agora
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