Numa ação apoiada pelo Governo do Estado, com o assessoramento técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), famílias da Ilha de Aritingui, município de Rio Tinto, passaram a acessar as políticas públicas, entre as quais se destaca o Programa Brasil Sem Miséria – PBSM, que possibilitou a melhoria da qualidade de vida e aumento de renda. Também acessaram ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e passaram a comercializar a produção ao Programa de Aquisição de Alimento – PAA.
Com a execução do Programa Brasil Sem Miséria no ano de 2012, a Emater cadastrou um grupo de 12 famílias que tinham uma renda per capita de até R$ 70,00 e foram estimuladas a participar das atividades desenvolvidas, apresentando assim um significado aumento da produção e da renda. Destas famílias algumas foram mais receptivas, recebendo e implantando as práticas necessárias em seus projetos objetos dos recursos do PBSM.
As famílias agricultoras de Josenilda Gomes da Silva, Adriana Conceição da Silva Freitas, Vânia da Silva Alves e Natanael da Silva Alves, por exemplo, antes exploravam apenas 30% ou menos da área unidade de produção e, depois de assistência técnica e da orientação, passaram a utilizar mais de 70% e, em alguns casos, até a área total de suas terras, com uma maior diversificação das culturas, como abacaxi, maracujá, banana, inhame, milho, feijão, batata doce e hortaliças.
“Isso possibilitou a segurança alimentar das mesmas e o excedente da produção vem sendo comercializado através do PAA, em feiras do município de Rio Tinto, tornando bem visível a melhoria da renda e da condição de vida, pois se percebe a aquisição de novos empreendimentos domésticos, a construção de casa, de automóveis – carro e moto”, comentou a assistente social Edenete Freire, do escritório da Emater.
Segundo a técnica da Emater, verificou-se também que algumas famílias estão acessando um maior valor de crédito no Pronaf e, com isso, ampliando suas atividades rurais. O assessoramento às famílias é feito pela técnica Eidy Simões, que tem incentivado o plantio agroecológico, o desenvolvimento educativo e sócio econômico, com acompanhamento da coordenadora regional de João Pessoa, Keila Leal.
A Ilha de Aritingui é considerada uma comunidade de povos tradicionais (ribeirinhas), e foi reconhecida como tal tendo em vista que as famílias possuem formas próprias de organização social, ocupam e usam território e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas geradas e transmitidas pela tradição.
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