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Estado garante R$ 100 milhões para combate à pobreza

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O Governo do Estado, através das secretarias de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico, Planejamento e Agricultura, retomou as negociações com o representante do Fida (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), da ONU (Organização das Nações Unidas) no Brasil e, com isso, garante a vinda de US$ 48 milhões para investimentos em programas de combate à pobreza rural, que deverão beneficiar, em cinco anos, milhares de pessoas.

As negociações foram reiniciadas durante reunião realizada na sede da Secretaria de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico, no Centro Administrativo, no Bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. O gerente de programas do Fida para a América Latina e Caribe, Ivan Cossio Cortez, fez uma completa explanação sobre o Procase (Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Cariri e Seridó da Paraíba).

Estiveram presentes à reunião, os secretários Edivaldo Dantas da Nóbrega e Ruy Bezerra Cavalcante Júnior, do Turismo e Desenvolvimento Econômico e Agricultura, além de técnicos das secretarias envolvidas e representantes entidades e instituições como UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Faepa (Federação da Agricultura) e Cinep (Companhia de Desenvolvimento do Estado).

Ao final da exposição do representante do Fida, os secretários e técnicos elaboraram um cronograma de trabalho com o objetivo de examinar toda a documentação do projeto, fazer as emendas e propostas do Governo da Paraíba e dar parecer antes do tempo previsto pelo Fida. A próxima reunião para debater o tema será no dia nove de abril, a partir das 18h00, no auditório da Cinep.

O secretário Edivaldo Nóbrega disse que o Procase é um projeto de grande importância para a Paraíba. “Num prazo de cinco anos poderá beneficiar de forma direta pessoas de várias comunidades em uma fábrica de leite de cabra em pó, com capacidade para processar 125 mil litros/dia e em dezenas de unidades de processamento de minérios, a exemplo do caulim que, atualmente, é tratado como lixo”.

O secretário Ruy Bezerra falou em nome do governador José Maranhão e garantiu que o Governo tem total interesse nessa parceria com o Fida. “O combate à pobreza no Semi-Árido é uma das principais preocupações do governador que é um homem de origem no campo, no interior. E a pobreza rural no Semi-Árido é um dos problemas mais graves do nosso País. Daí ser inadmissível para o Governo atual perder um projeto dessa magnitude”.

Taxa de miséria ou extrema pobreza atinge 37% da população do Cariri, Seridó e Curimataú

O gerente de programas do Fida para a América Latina e Caribe, Ivan Cossio Cortez, informou, na sua explanação, que o Procase (Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Cariri e Seridó da Paraíba), se justifica porque nas regiões em que será implantado existe uma alta incidência de pobreza rural. A taxa de pobreza rural atinge 66% dos habitantes das zonas rurais do Cariri, Seridó e Curimataú; e a taxa de miséria ou extrema pobreza chega aos 37%.

Mas a ONU concluiu que mesmo com as precárias condições a região possui potencial econômico e produtivo, tem alto grau de degradação da caatinga e possui populações pobres envolvidas na produção de couro, minerais, leite de cabra e artesanato.

O Procase identificou os seguintes sistemas produtivos que deverão ser apoiados: pequenas propriedades que sobrevivem com agricultura de subsistência, agricultura de subsistência associada com produção de carnes de caprinos e ovinos para o mercado local, agricultura de subsistência associada à produção de leite de cabra para os mercados nacional e internacional, agricultura de subsistência mais processamento de caju para o mercado local e agricultura de subsistência mais processamento de sisal para o mercado interno.

Um dos principais itens do projeto é o desenvolvimento humano e social, com intensivo treinamento de mão-de-obra e educação ambiental para preservação da caatinga, de forma que haverá ações para o fortalecimento das organizações de base.

Pela proposta original do Procase, serão treinados 8100 pequenos agricultores, 1100 pequenos mineiros e 800 artesãos, organizados em 100 associações e 30 cooperativas. Também será dada formação técnica, em atividades agrícolas e não agrícolas para 4 mil jovens, sendo 50% do sexo feminino.

O total de US$ 48 milhões está distribuído da seguinte forma: desenvolvimento social e humano, US$ 6,16, o equivalente a 12,% do total; desenvolvimento do setor produtivo US$ 34,6 milhões, ou 1,3%; combate à desertificação US$ 2,9 milhões, ou 6%; fortalecimento institucional US$ 0,87 mil; e outros US$ 3,9 milhões.

SECOM

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