Nos últimos dias, uma pergunta tem se repetido nas rodas de conversa e nas redes sociais: Para onde foram os usuários da Cracolândia da Rua dos Protestantes, em São Paulo? Há anos, autoridades municipais e estaduais buscam uma solução definitiva para a ocupação desordenada de espaços públicos por pessoas em situação de dependência química, além da presença de agentes do tráfico infiltrados entre essa população vulnerável.
Esse cenário foi motivo de incontáveis noites de insônia para gestores públicos. Mas, de forma surpreendente, a capital paulista amanheceu com uma mudança radical: a região central — por décadas marcada pela degradação — deu sinais de recuperação. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar atuaram com firmeza e estratégia, efetuando prisões de líderes do tráfico, fechando pensões, bares e hotéis usados como base para o comércio de entorpecentes e lavagem de dinheiro.
A presença constante do poder público, tanto municipal quanto estadual, foi decisiva para esse avanço. Muito já foi feito. No entanto, o desafio agora é manter a vigilância e impedir que novos focos se formem em outras regiões da cidade — algo que já começa a acontecer.
Parabenizamos todas as autoridades envolvidas nessa importante ação, que poderá servir de modelo para outros estados e municípios brasileiros. Em especial, registro meu reconhecimento ao prefeito Ricardo Nunes e ao governador Tarcísio de Freitas, que demonstraram coragem e determinação diante de um dos problemas mais complexos das grandes metrópoles brasileiras.
Que outros gestores aprendam com esse “mistério bem-sucedido” que conseguiu, ao menos por ora, desmobilizar a Cracolândia paulista.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro