O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, culpou o ex-titular da pasta, general Eduardo Pazuello, pela falta de vacinas da CoronaVac nas cidades brasileiras.
No momento, sete capitais estão com a aplicação da segunda dose do imunizante suspensa pelo desfalque.
Segundo Queiroga, a escassez “decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose”. Isso porque Pazuello contraindicou as prefeituras a armazenar injeções para garantir a finalização do esquema vacinal.
A ideia do general era ampliar a imunização com a primeira dose “para dobrar a aplicação”. Assim, as prefeituras vacinariam o respectivo público-alvo com carregamentos futuros, ainda não garantidos, o que não é aconselhado por especialistas.
Isso porque problemas acontecem na produção das vacinas, sobretudo no caso da CoronaVac, que depende de matéria-prima vinda do exterior.
O chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) do imunizante vem da China, onde está sediada a Sinovac Biotech, parceira do Instituto Butantan na fabricação.
Só nesta quinta (6), o Instituto Butantan prevê entrega de mais doses da CoronaVac.
Esse carregamento será de 1 milhão de vacinas. Na outra segunda (10/5), o Butantan prevê entrega de mais 2 milhões de ampolas. Nos dias 12 e 14, mais 2,1 milhões de imunizantes. Ou seja, 5,1 milhões de injeções nas próximas duas semanas.
A situação crítica também atinge as prefeituras de Aracaju, Fortaleza, Porto Alegre, Porto Velho, Recife e Rio de Janeiro.
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