A bancada federal paraibana está afinada quando o assunto é reforma da Previdência. Esse tom foi observado na manhã desta segunda-feira, durante evento no Hospital Napoleão Laureano, quando o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinou portarias destinadas ao tratamento do câncer e melhorias na rede hospitalar do Estado. Na solenidade o que se viu foi a observação que o texto enviado ao Congresso pelo Governo Federal necessita de ajustes, estando na tramitação da pauta a necessidade de diálogo intenso entre Executivo e Legislativo.
Para o senador José Maranhão, presidente estadual do MDB, sua legenda não definiu se irá ser oposição ou não ao governo do presidente Jair Bolsonaro, observado que no Congresso nada é fácil, referindo-se ao texto da reforma previdenciária. “Eu não acho que será fácil, como nada que ocorre no Congresso Nacional, sobretudo hoje, com o fracionamento das bancadas, muitos partidos estão presentes, e cada cabeça é um mundo, mas eu acho que essa negociação deve haver, é preciso haver, para que a decisão necessária possa ocorrer o mais breve possível”, frisou.
Na mesma linha de raciocínio do medebista está o deputado federal Efraim Filho (DEM), líder bancada federal paraibana no Congresso. O parlamentar reconheceu as dificuldades de diálogo entre Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com relação à própria tramitação do texto da reforma da Previdência. Além das “escaramuças” envolvendo Legislativo e Executivo, o texto em si não agrada sua sigla na totalidade, cuja sua concepção está pautada em ajustes importantes.
“ A proposta tem resistência na questão do aposentado rural, no benefício da prestação continuada, situação que nós, do Nordeste, essencialmente não concordamos. Agora têm outras pautas positivas, como a quebra de privilégios, a igualdade entre todos nos novos regimes. Então é tirar aquilo que tem sido vítima de resistências. Eu pessoalmente voto contra a mudança do aposentado rural, mas apoio a quebra de privilégios”, salientou.
O deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) foi outro que defendeu o diálogo intenso antes de qualquer votação, objetivando uma reforma que não sacrifique de forma contundente a população, principalmente aquelas pessoas de baixa renda, a mulher, o idoso e o trabalhador rural. O tucano lembrou que as conversações estão no início, estando seu partido e suas convicções individuais contrárias a pontos controversos do texto enviado pelo Executivo ao Legislativo.
“Eu, particularmente, no texto atual voto contra. Vamos ver o que o Congresso vai construir ao longo desse tempo. Está cedo ainda. Os debates vão começar agora. Tem a questão rural, que no meu entendimento é muito pesada. A do BPC (benefício de prestação continuada) também um equívoco. O aumento exagerado na aposentadoria das mulheres, de 55 anos para 62. Você está falando aí num aumento de sete anos de uma vez só; enfim, tem uma série de pontos, que se forem bem reconstruídos, poderá contar com nosso apoio”, ressaltou.
Eliabe Castor
PB Agora
Foto: Agência Câmara
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