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Opinião: Ergue-se uma “pedra noventa” entre João Azevêdo e Cícero: Daniella Ribeiro

De janeiro para cá, são notórias as articulações entre o governador João Azevêdo (Cidadania) e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas). Gestos e ações que denotam “afinidades” entre duas gestões se propondo a parcerias.

Se estas “afinidades” entre Cícero e João se converterão em apoios políticos, aí são outros quinhentos, e só o tempo dirá. Desde já, entretanto, começa a dar água nesse navio… Azedar as relações…

A pedra
Entre João e Cícero, ergue-se uma pedra. Uma “pedra noventa”, daquela que – como diria o humorista Pedro Pedreira – “só enfrenta quem aguenta…”.

Pedra que atende pelo nome de Daniella Ribeiro, a primeira senadora que a Paraíba elegeu, do mesmo partido que Cícero Lucena, e membro de uma família paraibana que cada vez mais se fortalece, politicamente.

Daniella, diga-se de passagem, não está enganando a ninguém. Imediatamente após a eleição de Cícero Lucena para prefeito de João Pessoa, ela já se antecipava em por os pingos nos ii: Disse que o apoio de João Azevêdo a Cícero Lucena não significava, necessariamente, que o Progressistas estaria no campo da situação com relação ao Governo do Estado.

Mais uma
Agora, Daniella sapecou outra alfinetada no governador João Azevêdo. Disse em entrevista ao Radiofônico Correio Debate, que João é uma pessoa de “difícil trato”. Isso foi na sexta-feira passada.

Nesta segunda-feira (dia 8), João Azevêdo rechaçou as declarações da senadora campinense, dizendo que não se considera uma pessoa de difícil acesso.

Emenda furada
O governador não parou por aí: revelou que a senadora Daniella “indicou R$ 20 milhões para a construção do Centro de Convenções de Campina Grande”, com um detalhe: segundo ele, os recursos jamais foram destinados à Paraíba.

E tem mais pimenta: “Nós estamos começando as obras do Centro de Convenções com as emendas do senador Veneziano Vital do Rêgo, do deputado Damião Feliciano e do deputado Efraim Filho. Os R$ 20 milhões que ela (Daniella) colocou, não foram viabilizados”, disse João Azevedo.

Lenha na fogueira
Não se sabe com que intenção João Azevêdo acrescentou que Daniella não colaborou com os recursos para o Centro de Convenções de sua cidade, enquanto Veneziano, também campinense, destinou emendas que foram efetivadas.

Mas que as declarações de João Azevêdo colocam Veneziano em melhor situação perante Campina Grande, comparado com Daniella, disso não há dúvida.

Tá complicando
Bom, a menos que apareça alguém para atalhar os cavalos, pelo andar acelerado dessa carruagem, tudo indica que João Azevêdo tende a não contar com o apoio dos Ribeiro e do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, para 2022.

Tudo sinaliza nesta direção, sim. Afinal, Cícero é do mesmo partido dos Ribeiro que, diga-se de passagem, o acolheu de braços abertos e ofereceu legenda para ele concorrer à Prefeitura de João Pessoa.

É assim, mas depende…
Tá cedo, ainda. E tendo João Azevêdo o Governo do Estado, a caneta mais poderosa da Paraíba, o Diário Oficial e as impressoras azeitadas de A União, não é de se dar por totalmente perdido o apoio dos Ribeiros. Tudo depende e, como diria Manoel Gaudêncio, “a política é dinâmica…”

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