Pioneira em Campina Grande no ensino da Língua Brasileira de Sinais, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) vai ampliar a quantidade de horas da disciplina de Libras ofertada nos seus cursos de graduação e mesclar o conteúdo entre aulas presenciais e aulas na modalidade de Educação à Distância (EAD). Atualmente, a Instituição conta com a disciplina de Libras ofertada de forma obrigatória em todos os cursos de Licenciatura e como disciplina optativa em alguns bacharelados.
A iniciativa é da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), em parceria com o Núcleo de Educação Especial e o GT Diversidade Cultural e Inclusão Social, e pretende elevar para 75 horas a carga horária do componente curricular, sendo 30 horas presenciais e 45 horas em EAD, para todos os cursos que a ofertam. Para complementar as aulas presenciais, estão sendo preparados materiais didáticos diversos, inclusive videoaulas.
Professora Vagda Rocha, coordenadora de Ensino Superior da PROGRAD, explica que, hoje em dia, o componente curricular de Libras é de 60 horas para o curso de Pedagogia e 30 horas para as demais licenciaturas. O novo formato do componente curricular objetiva, principalmente, potencializar o ensino de Libras, que é a primeira língua para pessoas surdas. Ela enfatiza que a demanda de alunos surdos tem crescido nos últimos anos, o que implica na necessidade de ofertar a disciplina e preparar profissionais que atuarão em sala de aula.
A proposta, coordenada pela Coordenação de Ensino Superior da PROGRAD, com o auxílio do professor Hebert Costa, tradutor e intérprete do Departamento de Educação, entrará em fase de testes a partir do próximo semestre e deve ser implantada definitivamente no semestre letivo de 2020/1. Por enquanto, os professores de Libras da UEPB estão produzindo o material a ser utilizado nas aulas à distância. As gravações do material estão sendo realizadas no estúdio de TV da Coordenadoria de Comunicação (Codecom) da Instituição.
Uma das novidades é que a disciplina no formato parcialmente presencial e parcialmente em EAD também será ofertada para os servidores da Universidade que tenham interesse em aprender Libras. Atualmente, a UEPB conta com três professores surdos (Kledson Albuquerque, Ricardo Manoel e Diele Marinho) e dois intérpretes (Hebert Costa e Jeane Leal) que trabalham com a língua de sinais. Os três professores e o intérprete Hebert Costa estão envolvidos na produção do material a ser disponibilizado nas aulas on-line da disciplina. Os vídeos têm como referência o “Dicionário de Libras, Enciclopédico Ilustrado Trilíngue, Língua de Sinais Brasileira”.
Como um dos responsáveis pela iniciativa, professor Hebert diz que a ideia é ampliar ainda mais a política de inclusão social da UEPB. Ele reforça que, com esse material, o aluno terá melhor acompanhamento e maior profundidade na disciplina, porque terá acesso às informações on-line no horário que planejar sem, com isso, eliminar as aulas presenciais. Para isso, será disponibilizada a Plataforma de Educação a Distância da Instituição e todos os alunos terão o cadastro que garante o acesso ao conteúdo da disciplina.
O pró-reitor adjunto de Graduação, professor Altamir Souto, ressalta que a UEPB é pioneira no ensino da língua de sinais em Campina Grande, mas tem carência de professores nos outros câmpus fora da sede. “O grande foco é o fato de que nós temos uma demanda obrigatória de todos os cursos de Licenciatura, que resulta em uma quantidade enorme de turmas, e nós não temos profissionais suficientes”, destaca professor Altamir. Ele salienta que a proposta do componente utilizará as mídias digitais e os recursos audiovisuais e, com isso, vai possibilitar abarcar tanto a demanda obrigatória como a demanda espontânea dos técnicos e professores interessados em aprender Libras.
Conteúdos de disciplinas diversas em libras
Dentro da proposta de acessibilidade, cursos da área de Saúde da Instituição já começam a trabalhar disciplinas com conteúdo em libras. As duas primeiras disciplinas a utilizarem material neste formato são “Anatomia Humana” e “Ecologia”, do curso de Biologia, graças a um projeto de extensão coordenado pelo intérprete e professor Hebert Costa, nascido a partir de uma necessidade da aluna Thaís Fernanda, que é surda e manifestou a importância do curso fazer a adequação do material didático das disciplinas para acesso do público surdo.
A partir da proposta, que ganhou apoio da professora Aline de Mamã, foi elaborado um material que possibilitasse a aluna ter acesso ao conteúdo sobre a disciplina “Anatomia Humana” no formato da língua de sinais. A ideia foi amadurecendo e ganhou adesão do professor Sérgio Farias Lopes, da disciplina “Ecologia”. O objetivo dos professores é fazer a adequação em língua de sinais de todo o Dicionário do Átilas de Anatomia Humana para a disciplina de Anatomia, bem como produzir vasto material em libras sobre a vegetação e fauna da caatinga, para a disciplina de Ecologia. O projeto está na fase de produção de vídeos e o material didático adequado a língua de sinais deve ser disponibilizado em formato on-line.
Assessoria
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