Pesquisas identificam a relação entre queda de cabelo e COVID-19. Entenda quais as causas e a importância de manter os cuidados.
Com mais de um ano do início da pandemia da COVID-19, causada pelo coronavírus Sars-Cov-2, cientistas, médicos e pesquisadores ainda investigam todas as implicações da patologia no organismo durante a infecção e suas sequelas.
Depois de uma primeira onda e redução nos casos no final de 2020, o Brasil observa uma segunda onda no começo de 2021 com números ainda mais expressivos de pessoas acometidas e óbitos, aumentando o alerta e a necessidade de cuidados.
Hoje em dia é sabido que o acometimento da doença vai além do sistema respiratório, afetando até mesmo a saúde capilar.
Qual a relação entre COVID-19 e a queda de cabelo?
De acordo com médicos e especialistas, pode existir uma relação entre a COVID-19 e a queda de cabelo em homens e mulheres.
Segundo um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, a queda de cabelo após a infecção por COVID-19 acomete um terço dos infectados e pode durar meses.
Existem algumas hipóteses dos motivos dessa ocorrência com base em pesquisas anteriores sobre queda capilar.
A COVID-19 é uma patologia diretamente relacionada ao sistema imunológico.
As alterações de imunidade associadas à infecção podem ter seu papel no comprometimento capilar pós-COVID.
A queda da imunidade pode levar a queda de cabelo mesmo quando o paciente se recupera.
Em geral, a queda de cabelo causada pela baixa imunidade é mais frequente em pessoas com quadros moderados a graves, mas também pode acometer aqueles que têm sintomas leves ou mesmo assintomáticos.
Estudos científicos já demonstraram que alguns medicamentos podem influenciar a queda de cabelo.
O exemplo mais conhecido de queda por remédios é a dos quimioterápicos, mas a lista não se restringe a eles. Alguns dos medicamentos que podem contribuir para a queda fazem parte dos protocolos do tratamento da COVID-19.
Dessa forma, dependendo dos medicamentos ingeridos para combater a infecção, o paciente pode ter um fator a mais para se ter queda de cabelo.
O estresse e a ansiedade são outros fatores que comprovadamente afetam a saúde capilar. A elevação dos níveis de cortisol pode antecipar a fase de queda do cabelo, chamada fase telógena.
Uma vez nessa fase, a queda do cabelo costuma ocorrer dentro de até 3 meses. Esse é o período médio de duração da fase telógena antes da queda efetiva do fio.
Um aspecto importante é que mesmo pacientes que não contraíram Covid-19 podem apresentar queda de cabelo por estresse e ansiedade em decorrência do nervosismo causado pela própria situação pandêmica.
O estresse também pode intensificar transtornos de ansiedade como a tricotilomania, que consiste na compulsão por arrancar o próprio cabelo.
Portanto, além dos cuidados com a saúde física é importante que também se fique atento à saúde mental, uma vez que ela está intimamente associada à queda de cabelo.
Para uma melhor compreensão da relação entre Covid-19 e queda de cabelo ainda serão necessárias muitas pesquisas.
Pelo que se tem conhecimento até o momento, parece que a condição é passageira, normalizando-se, na maioria das vezes, entre três e seis meses.
Existem outros sintomas pós Covid-19 que também intrigam especialistas e exigem atenção e cuidado mesmo de pacientes recuperados, como: fadiga, fraqueza, dor de cabeça, perda de paladar e olfato e pneumonia em casos mais graves.
Por que manter os cuidados pessoais?
Mais do que uma doença individual, a COVID-19 é uma doença social, pois a vida de uns depende de cuidados e consciência dos outros.
Como visto, o Brasil está enfrentando uma segunda onda pandêmica, agravada pelo não cumprimento das medidas sanitárias e também pela variante brasileira do Sars-Cov-2, que é mais transmissível.
Dessa forma, é fundamental manter os cuidados sanitários no momento, principalmente:
● distanciamento e, quando possível, isolamento social;
● uso correto de máscara;
● redução dos deslocamentos;
● higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%;
● manter locais com boa circulação de ar;
● evitar reuniões, festas e aglomerações.
Devido ao agravamento da situação pandêmica no Brasil, mesmo com o início da vacinação da população, esses cuidados são fundamentais para saúde individual, coletiva e manutenção da capacidade de atendimento médico pelas unidades de saúde.
A queda de cabelo após a COVID-19 ou mesmo em decorrência do estresse desencadeado pela situação pandêmica deve ser investigada por um especialista, que poderá fazer o diagnóstico das causas e indicar tratamentos capilares para recuperação dos danos.
O médico especialista em cabelos é o profissional mais qualificado para fazer essa investigação e recomendar o tratamento mais apropriado às necessidades do paciente.
“Fonte Clínica Doppio”.
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