Empresa de ônibus faz o que quer em João Pessoa. Deita e rola. Às favas com o interesse público, o bem-estar dos usuários, tampouco seus dilemas financeiros. Sempre foi assim. (continua após o vídeo)
Não é só na gestão de Luciano Cartaxo. Independente de quem seja o prefeito de plantão, a coisa sempre correu frouxa. Na administração de Ricardo Coutinho, o arrochado, foi do mesmo jeito: os empresários do ramo pintaram e bordaram naquilo que é inerente à prestação do serviço e reajustes de tarifas. Na gestão de Cícero Lucena, foi um Deus-nos-acuda: além das tarifas abusivas, a Prefeitura antecipou em 20 anos (pasmem!) a concessão pública para exploração do serviço. A troco do que, dá pra se imaginar, mas não se sabe ao certo…
Tudo leva a imaginar que os preços das tarifas são reajustados ao bel prazer do empresariado, enquanto à prestação dos serviços nem de longe se ajustam aos aumentos cada vez maiores. Dizem que há um tal Conselho Tarifário a quem compete avaliar e sugerir ao Poder Público os índices de reajuste das tarifas. Dá até para imaginar que dele só fazem parte empresários e gestores públicos poucos comprometidos com o usuário.
E tome aumento
Agora mesmo, tivemos um reajuste de tarifa de R$ 40 centavos. Mas o serviço não muda; péssimo como sempre: ônibus superlotados, sem ventilação mínima suficiente para aplacar o calor insuportável; ar condicionado? Hum, nem pensar!; ônibus atrasando horário, outros queimando paradas, total desrespeito ao usuário, etc etc etc.
Os custos para as empresas caíram, e muito. Hoje praticamente não há mais cobradores; impuseram aos motoristas acumular mais esta função, e não é raro vê-los desesperados, coitados, dirigindo e passando o troco ao mesmo tempo, pondo em risco a segurança dele e dos usuários. Culpá-los? Nem de longe: afinal, a ambição pelo lucro deságua em suas mãos…
Já passou da hora de se abrir a caixa preta em que estão registrados os diálogos dos representantes dos transportes e os representantes do Poder Público. A sociedade precisa saber o que rola nessas conversas, que acordos são selados, se há interesses escusos se sobrepondo ao dos usuários. E, mais que isso: o povo tem o direito de saber, porque estamos falando de uma concessão pública.
O Truque
Quem esteve atento aos processos de reajuste das tarifas de ônibus, no mínimo desconfia de que possa haver um truque já bastante manjado. O tal truque seria assim, usando cifras imaginárias: combinado não se sabe com quem, o empresariado reivindica absurdos 40% de reajuste das tarifas; torna-se público o pleito, gera-se a polêmica, o usuário grita, a imprensa reclama etc etc. Aí vem o “santo” poder público e determina: o reajuste será de “apenas” 30%. Ocorre que estes tais 30% correspondem, na vgerdade, ao percentual que o empresariado realmente queria.
Resumo: o Poder Público atende totalmente à reinvidicação do empresariado e ainda posa de bom protetor do usuário.
Wellington Farias
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