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Opinião: de Regina Duarte a Bolsonaro. Da morte de Lúcia Braga ao lockdown; a Paraíba e o Brasil penam

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O lado mais fascinante da vida reside, exatamente, naquilo que não podemos prever. Não falo de escolhas individuais ou o livre arbítrio e, sim, do imponderável. Elemento indefinível que influencia certo assunto. Aquilo que o ser humano chama de “inexplicável”.

Pois bem! Hoje fui vítima de tal “fenômeno”. Saí para comprar alguns medicamentos na farmácia. Não levei o celular. Moro muito perto da Avenida Epitácio Pessoa. Para mim, não havia a necessidade daquele aparelho na algibeira, pois seria algo rápido.

Na minha mente, isso por volta das 17h30 de sexta-feira, analisava e já tinha a convicção que falaria da ex “Namoradinha do Brasil” e hoje “divorciada do país” na minha coluna. A talentosa atriz Regina Duarte, que ocupa a pasta de Secretaria Especial da Cultura. Falaria do seu ataque de nervos numa entrevista à CNN Brasil que todos, suponho, já sabem.

O texto já estava na mente, quando me deparei com uma Avenida Epitácio Pessoa “lotada”. Veículos indo e vindo. Tive dificuldades de atravessar a via.

Fiquei em choque. Em pleno pico ascendente da Covid-19 em todo o país, enquanto um presidente da República fará um churrasco para 30 pessoas no sábado, e ainda por cima desdenha dos mortos da pandemia, meu foco mudou.

Era e é preciso falar na possibilidade de um lockdown na grande João Pessoa. E entendo perfeitamente a situação econômica do país. Quem está bem nesse isolamento social? Pergunto e respondo: aquele 1% que detém 30% da riqueza do Brasil.

Comentários que nada ajudam

Aí já ouvi comentários velados, e até diretos contra a minha pessoa, dos que defendem o atual governo federal. Chamam-me de comunista ou socialista. O problema é que, na sua grande maioria, não sabem diferenciar os conceitos filosóficos. E aí busco Adam Smith.

E quem foi esse cara? O pai da economia moderna. Considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Escocês por natureza, sempre defendeu uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, rejeitando o intervencionismo estatal. Algo distante do comunismo e socialismo, correto? Nem tanto!

Para os adoradores de Bolsonaro olha o que ele fala: “A tendência a admirar, quase venerar, os ricos e poderosos, e de desdenhar, ou no mínimo ignorar, pessoas em condições pobres e cruéis, embora necessária para estabelecer e manter a distinção entre níveis sociais, é ao mesmo tempo a maior e mais universal causa da corrupção da nossa sensibilidade moral”.

Não foi o socialista Karl Marx que escreveu e, sim, alguém que entende, apesar das grandes diferenças políticas, sociológicas e ideológicas que o mundo precisa do mundo. Não é pelo simples fato de votar em A ou B que sou inimigo daquele contrário. Mas pergunto: os soldados teóricos irão cerrar fileiras na tirania de um chefe ou general louco? Pode até ser: temos exemplos práticos na história com Stalin e Hitler.

Até que ponto vamos à guerra da loucura?

Mas eles (soldados) iam para o teatro da guerra com o medo. O mesmo aconteceu por aqui na Guerra entre Solano López e o “bondoso” Dom Pedro II. Nosso Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) comandava a chamada Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai.

Patrono do Exército brasileiro, foi comandante geral das tropas do Brasil, Argentina e Uruguai, que formaram a Tríplice Aliança para combater o Paraguai. Assunção, sem encontrar resistência, capitulou no conflito.

Caxias deu a guerra por encerrada, embora não tivesse conseguido capturar ou matar López. Apesar de não ser o desejo do Imperador, retirou-se do comando. “Não mato crianças”, disse ele!

O posto foi assumido por Conde d’Eu, esposo da princesa Isabel. Não só conseguiu matar o déspota Lopes, como milhares de crianças paraguaias que colocavam, a mando do governo central, barbas falsas para “mostrar” que eram homens. Entrou para a história como um genocida.

E Lúcia Braga?

E Lúcia Braga entra nessa história longa quando? Digo: agora! Trata-se de uma das últimas personagens do ocaso dos coronéis que mandaram na Paraíba. Conhecida como a mãe dos pobres, veio de família nobre.

Casada com o ex-governador Wilson Braga, possivelmente um dos últimos “barões” da política paraibana, perdendo, apenas, para o senador decano, e mais que decano, José Maranhão, faleceu no final da tarde desta sexta-feira, muito provavelmente em função da Covid-19, um gripezinha que vem matando brasileiros diariamente como moscas e outros insetos que não suportam Baygon.

Quem foi Lúcia?

Tudo em “ordem”: foi Lúcia Braga casada com o ex-governador Wilson Braga e exerceu os cargos de deputada estadual e federal. Aos 85 anos de idade, seu carisma foi marca sólida, principalmente com aqueles de classes menos abastadas. E por fim: o que é uma classe menos abastada? A imensa maioria do povo brasileiro.
Vamos abrir a economia quando?

Vamos abrir gradualmente o comércio e nossa economia? Não se sabe. Todos têm que cumprir as determinações impostas pelos órgãos de controle relativos à saúde. Ficar em casa. Desafogar os leitos de UTI e gradativamente termos uma curva descendente da pandemia.

Isso vem funcionando no mundo inteiro, exceto no Brasil, cujo comando está nas mãos de uma pessoa de baixo QI e com forte tendência à loucura do narcisismo.

Eliabe Castor
PB Agora

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