Os transtornos verificados nos festejos juninos, centralizados na aconchegante cidade de Bananeiras, apenas revelam duas constatações: a primeira delas é que aquele é, disparadamente, o melhor São João da Região e um dos três melhores da Paraíba. Mais que isso, já é a maior atração turística do Brejo, Curimataú e proximidades, etc. Segundo, Bananeiras foi surpreendida por uma demanda muito acima de todas as suas expectativas, parte da qual, decorrente da não realização do São João de Patos.
A julgar pela qualidade e originalidade artística da programação, pelo clima da cidade e pela enorme demanda atraída – procedente de vários estados do país, é razoável imaginar que já é o melhor festejo junino da Paraíba, embora não seja o maior por falta de espaço.
Em tempo: O transtorno que se verificou, embora tenha tido muita repercussão, se resumiu a falta de espaço e estrutura suficiente para atender a um grande público, jamais visto, desde que Bananeiras decidiu se fazer a Meca do Forró de Raiz (Pé de Serra), com surpreendente sucesso a cada ano. A cidade se tornou pequena para tanta gente; milhares e milhares de pessoas, mesmo depois de enfrentarem um engarramento de cinco horas, terminaram desistindo e voltando para cidades vizinhas, onde estavam hospedadas já por falta de acomodação na própria Bananeiras.
Para a sorte do turismo do Brejo, os problemas, pela primeira vez verificados no São João deste ano, não decorrem de fracasso do evento. Muito pelo contrário. O sucesso cada vez maior do genuíno São João bananeirense, somado ao fracasso de outros, terminou levando um excedente de público que não era esperado.
O que fazer
Bananeiras e Região, além dos órgãos oficiais encarregados de estimular o turismo, no entanto, não podem permitir que estes episódios, que muito desagradou o turista, se repitam e precisam começar a ser resolvê-los desde já. Com o que aconteceu desta vez, todos os encarregados de organizar o evento já ficam bem avisados de que o São João de Bananeiras assumiu uma proporção tal que exige um redimensionamento de todo o seu planejamento e, no tempo apropriado, se fazer uma campanha de divulgação garantindo, a tantos quantos queiram ali participar dos festejos, que os transtornos não se repetirão.
Em função das proporções que o São João de Bananeiras assumiu, outra medida razoável seria a promoção integrada do evento, incluindo cidades circunvizinhas, como Serraria, Borborema, Solânea, etc. Às outras cidades competiria, não só realizar o seu São João tradicional, mas também tratar de oferecer serviços e, sobretudo, acomodações ao público excedente da cidade de Bananeiras, que já vinha aumentando nos últimos quatro ou cinco anos. O evento integrado seria importante para todas as cidades na medida em que o turismo de cada uma delas seria beneficiado e não se perderia o volume de dinheiro que circularia na Região.
Detalhe: O São João integrado não bastaria ser apenas no papel e no nome, como já existe hoje. Teria de ser muito bem planejado com a participação direta de todas as cidades e se definindo o que competirá a cada uma delas, para que este grande evento da Região se torne cada vez maior e sem problema nenhum.
O que não pode
O que se espera do São João do Brejo é a não descaracterização do evento em si, de modo que não se adultere a programação genuinamente nordestina com o intuito de atrair público cada vez maior. Afinal, quem quiser participar de festejo junino com shows que nada têm a ver com São João, São Pedro e Santo Antônio, é só passar direto, subindo a serra de Solânea, e se mandar para Campina Grande.
Wellington Farias
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