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Dom José Maria Pires foi o primeiro bispo negro do Brasil

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Falecido aos 98 anos em Minas Gerais, o arcebispo emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires de 98 anos, conhecido carinhosamente por Dom Pelé, foi um defensor da justiça social e dos direitos humanos.

“Dom Pelé” como era carinhosamente chamado Dom josé se tornou uma referência especial na Paraíba durante o regime militar, assumindo uma postura de coragem cívica e sensatez espiritual, transformando as Comunidades Eclesiais de Base (CEB) no Estado em instrumentos de justiça social e fortalecimento da cidadania.

Dom José veio de família portuguesa. Na trajetória em defesa dos negros e oprimidos, dom José Maria Pires também ficou conhecido como dom Pelé e dom Zumbi. Mesmo com a idade avançada, e já tendo cumprido a sua missão, o arcebispo viajou pelo País para falar do Concílio Vaticano II, encerrado em 1965. Era um dos poucos padres conciliares vivos no Brasil. 

Até os últimos dias, Dom José Maria ainda atuava na defesa dos direitos humanos e uma igreja mais humana. 

Conhecido pelos apelidos de “Dom Zumbi” e “Dom Pelé”, foi reconhecido pela humildade com que exerce sua função e pelo trabalho social que realiza, em especial na defesa dos negros e oprimidos. O bispo atuou em defesa dos direitos humanos, contra a discriminação e o racismo.

Quando foi ordenado bispo, em 1957, eu era o único bispo negro no episcopado brasileiro.

Nascido em Minas Gerais, uniu a calma do mineiro à franqueza do nordestino para defender os mais pobres durante a ditadura militar. Teve no cearense dom Helder Câmara um amigo pessoal e aliado na luta pelos direitos humanos. Depois de 50 anos da última conferência, ele disse que era preciso uma conversão à mensagem do concílio. 
Participou do Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965, que discutiu diversas questões relacionadas à Igreja Católica, como as relações com outras igrejas e com os próprios cristãos que estavam afastados. Além de projetar uma nova imagem da igreja e do padre, que mais social, que conversa com todo mundo e se aproxima das pessoas.

Transferido para João Pessoa, em 1965, onde ficou mais próximo de dom Helder Câmara, um aliado na luta pelos direitos humanos, teve participação valiosa nos conflitos pela terra na Paraíba, ao defender camponeses de seus perseguidores.
 
Pela militância em defesa do povo durante a ditadura militar é um dos bispos conhecidos como “arcebispos vermelhos”. Participante ativo da luta pelos direitos dos negros, em 2013, publicou o livro “A cultura religiosa afro-brasileira e seu impacto na cultura universitária”.

PB Agora

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