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Deputado Luiz Couto protesta contra aparato para barrar povo na Câmara dos Deputados

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 Um aparato militar foi montado nesta terça-feira, 9, na Câmara dos Deputados para impedir a manifestação popular contra a reforma da Previdência, em votação na Casa.

A manobra mereceu a crítica e o repúdio do deputado federal petista Luiz Couto (PT). Em pronunciamento, ele, que iria falar sobre o Papa Francisco e sua habilidade de construir pontes, teve que dedicar parte de seu tempo a apontar um paradoxo nas providências daquela Casa legislativa, que estava erguendo uma verdadeira barricada para evitar que a população pudesse demonstrar sua reprovação às mudanças propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).

“Nosso querido Papa Francisco diz que nós temos que derrubar muros e construir pontes, diferentemente desta Casa, que, agora, faz um sistema penitenciário no Parlamento brasileiro, fechando-o e impedindo atéque os parlamentares tenham o direito de chegar aqui, precisando fazer uma volta para isso. Não é possível. Eu protesto contra esta ditadura. Nem na ditadura eles fizeram isso! Agora, estão fazendo. Este é o meu protesto e repúdio a esta situação que está acontecendo. Quando querem o voto do povo, vão atrás dele. Agora, o povo não pode entrar aqui”, reclamou o deputado paraibano.

Dando prosseguimento a seu pronunciamento, Luiz Couto mencionou um texto escrito por José Eduardo Bernardes na revista Carta Capital sobre os conflitos que o Papa Francisco enfrenta pela oposição dos conservadores da igreja. O autor cita que o religioso marcou desde sua chegada uma nova era na Igreja Católica, ao tentar ampliar os horizontes da instituição e soterrar os traços de conservadorismo deixados por seus antecessores. Com isso, atraiu grande resistência. Em entrevista a Caros Amigos, Frei Betto afirma que para os cardeais, o papa cria dúvidas sobre a fé católica. Através da iniciativa de Francisco, a igreja descongelou o debate sobre família e homossexualidade, por exemplo.

Já o historiador Massimo Faggioli, professor de teologia na Villanova University (EUA), declarou que existem três tipos de oposição ao Papa Francisco teológica, institucional e política. Além destes três setores, existem grupos financeiros, fabricantes de armas e multinacionais que querem que o papa perca poder. Francisco está sendo perseguido por fazer duras críticas a economia, condenou o capitalismo, repreendeu a pedofilia e se fez escutar em questões ecológicas.

“Por isso, quero registrar esse breve pronunciamento declarando meu apoio ao Papa Francisco. Ele tem a intenção de criar pontes em vez de muros e é sobretudo um homem de Deus”, finalizou Couto.

 


Redação com Assessoria

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