Defesa Civil visita áreas de risco em CG com objetivo de evitar tragédias

 Com as proximidades do período de chuvas, as famílias que residem nas
chamadas áreas de risco de Campina Grande, já começam a ficarem apreensivas
e temorosas com o perigo de desabamentos. Isso porque, todos os anos as
cenas se repetem na cidade. Sempre que chove, muitas casas construídas nos
pontos críticos, principalmente nas margens dos riachos e canais, sofrem
com as inundações.

Basta vez que na semana passada, uma chuva de apenas 1
hora causou estragos e alagamentos em alguns bairros da cidade.
Para evitar tragédias na Rainha da Borborema, a Defesa Civil de Campina
Grande já montou um completo plano de monitoramento das áreas de risco no
município. O coordenador do órgão Antônio Lopes revelou que a prefeitura
mapeou 18 áreas de risco e alagamento que terão atenção especial com a
chegada do período de chuvas na cidade.

Na semana passada uma força-tarefa formada por representantes da Secretaria
de Serviços Urbanos com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Exército e
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e Agência Executiva de
Gestão das Águas (AESA) percorreu alguns locais suscetíveis a alagamentos
e desmoronamentos.

A Comitiva visitou inicialmente a Vila dos Teimosos, um dos locais mais
críticos de Campina Grande e que sofre com alagamentos no período de chuva.
Os membros da força tarefa conversaram com os moradores e mostraram os
riscos que seria para eles permanecerem morando em casas sem mínima
estrutura. O trabalho prossegue esta semana quando outras áreas
consideradas críticas serão visitadas.

De acordo com Antônio Lopes, a Comitiva deverá vistar 25 locais em Campina
Grande nos próximos dias, incluindo as 11 localidades tidas como críticas.
Segundo o secretário de Serviços Urbanos Geraldo Nobre, o objetivo é
trabalhar desde o período de seca para preparar o combate preventivo contra
a ação das chuvas. Foram mapeadas sete áreas de risco e 11 pontos de
alagamento.” Vamos traçar um plano piloto para atender as demandas do que
cada órgão vai fazer dentro de suas atribuições, funcionando como um
conselho de atuação no combate às enchentes e alagamentos”, afirmou Geraldo
Nobre.

Equipes da Secretaria de Serviços Urbanos irão intensificar os trabalhos de
desobstrução córregos e galerias, além das limpezas dos canais que cortam
a cidade.

De acordo com o mapeamento feito pela DC são condideradas áreas de risco em
Campina Grande, parte do bairro Três Irmãs, a Rua Fortaleza – bairro Santa
Cruz (Ponte do Cruzeiro); Canal das Piabas – Rosa Mística – a comunidade
São Januário, a Vila da Fap – bairro do Araxá -; o Canal do Pedregal – rua
São Gonçalo – e o Mutirão do Serrotão.

Já os pontos de alagamentos são registrados na rua Tianguá – bairro das
Cidades -; rua Aratuba – bairro das Cidades -; comunidade Zé Batista –
bairro da Catingueira -; Vila dos Teimosos – bairro Bodocongó – ; Grotão
do Catolé; Travessa Santa Luzia – bairro Estação Velha -; Canal das
Piabas – Rosa Mística – ; comunidade São Januário; Invasão no Distrito dos
Mecânicos; Invasão da ‘Dayse’ – bairro da Catingueira – e rua São Gonçalo
nas margens do Canal do Pedregal.

Em entrevista ao PBAgora Lucílio Vieira, Gerente de Monitoramento da AESA,
as chuvas registradas em Campina Grande neste mês de janeiro ainda
apresentaram baixos índices pluviométricos, e tendência é que comecem pra
valer a partir do mês de março, prolongando-se até julho.

Após o trabalho de monitoramento será feito um projeto para ser
apresentando a PMCG visando relocar as famílias que moram nas áreas de
risco. Um conjunto habitacional com 160 residências está sendo construído
no bairro do Bodocongó já para abrigar os moradores da Vila dos Teimosos.

Severino Lopes

PBagora