Covid: secretário demonstra preocupação com aglomerações em atos de campanha

Em entrevista concedida à emissora de rádio de João Pessoa nesta quarta-feira (11), o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, disse estar preocupado com as aglomerações provocadas por atos de campanha política em todo o estado. O secretário lembrou que a pandemia ainda existe e a falta de cuidados e prevenção contra o novo coronavírus (covid-19) resulta em aumento do número de casos, de mortes e ocupação de leitos.

Geraldo destaca que as aglomerações tiveram início já nas convenções partidárias e mesmo com a fiscalização feita pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) continuam acontecendo. “Diariamente assistimos a vídeos divulgados nas redes sociais mostrando essas grandes dos eleitores com seus agentes políticos e esse é um dos elementos associados também ao relaxamento que a sociedade como um todo tem adotado”, alertou.

De acordo com o secretário, a população relaxou nas medidas básicas de prevenção como as regras de distanciamento e o uso de máscaras, surperlotando bares, restaurantes, orla marítima e eventos públicos que algumas cidades já autorizaram. “Com isso, não temos dúvida alguma que estamos entrando num incremento no número de novos casos e de ocupação dos leitos de UTI’s e enfermarias dos hospitais”, afirmou Medeiros.

No último domingo (8), o juiz da propaganda eleitoral de rua, Adhailton Lacet, determinou que a Polícia Militar adote as medidas necessárias para dispersar carreatas ou eventos similares que porventura sejam realizados por algum candidato em João Pessoa. O secretário Geraldo Medeiros não descarta a possibilidade de, posteriormente, candidatos que promoveram aglomerações em eventos de campanha sejam punidos pela Justiça Eleitoral. “Eu acho que o TRE-PB e o Poder Judiciário estão atuando e já ocorreram várias proibições em vários municípios, mas, infelizmente, as pessoas continuam teimando e infrigindo as leis. Com certeza muitos deles serão penalizados não só com multas mas também por infrigir a lei eleitoral”, concluiu o secretário.

PB Agora