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Campanha de doação de órgãos começa hoje

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Governo incentiva doação de órgãos
e inicia campanha nesta quinta-feira

‘Deixe mais que saudade… Deixe vida’! 425 paraibanos
esperam na fila por esse gesto, para continuar vivendo

Na Paraíba, 425 pessoas dependem, hoje, de uma córnea para enxergar ou de um rim, um coração ou um fígado para continuar vivendo. A cada ano, 750 pessoas em média morrem no Estado em acidentes de transporte. Algumas dessas tragédias poderiam ser a salvação de pessoas que estão na fila da Central de Transplante da Paraíba, se as famílias doassem os órgãos de seus parentes mortos. Para estimular a ‘doação de vida’, o Governo do Estado realiza, a partir desta quinta-feira (24), a IX Campanha Estadual Para Doação de Órgãos e Tecidos, com o tema ‘Deixe mais que saudade… Deixe vida! Doe Órgãos’.

A campanha será aberta com um culto ecumênico para familiares de doadores e receptores de órgãos e tecidos às 16h da quinta-feira (24), no auditório da PBPrev (antigo Ipep), no Bairro dos Estados, em João Pessoa. Na sexta-feira (25), é a vez do ‘Trem da Vida’, um passeio ferroviário que parte do Terminal Ferroviário de João Pessoa às 7h30. Às 19h30 do mesmo dia, acontece o lançamento do selo comemorativo dos 10 anos da Central de Transplante, no Fórum Cível da Capital.

Caminhada – No sábado (26), ocorre a ‘Caminhada pela Vida’, partindo do Busto de Tamandaré, às 8h, com animação de trio elétrico, distribuição de brindes e de material educativo. A programação preparada pela Central de Transplante, vinculada a Secretaria de Estado da Saúde (SES), termina no domingo, em Campina Grande, com festividades no Parque da Criança, a partir das 8h.

A campanha acontece em mais três municípios da Paraíba: Campina Grande, Patos e Guarabira, que mantêm núcleos de captação de órgãos e tecidos. Cada unidade vai desenvolver sua própria programação com o mesmo objetivo.

Em números – Entre 2004 e 2008, segundo dados do Núcleo de Ações e Análise Epidemiológica da SES, 3.751 paraibanos morreram em acidentes de transporte, uma média de 750 a cada ano, dois por dia.

“O maior número de potenciais doadores são identificados entre as vítimas de acidentes de trânsito, mas nem todos têm seus órgãos doados pelos familiares. Ainda há muita resistência à doação. Qualquer pessoa que tenha diagnóstico de morte encefálica é um doador em potencial”, disse a gerente de Ações Estratégicas da Central de Transplante da Paraíba, Myriam Carneiro, acrescentando que algumas pessoas podem não ter seus órgãos aproveitados, como, por exemplo, as que têm doenças infecto-contagiosas.

Na espera – A coordenadora da Central de Transplante, Gyanna Lys Montenegro, disse que as pessoas estão mais conscientes da importância da doação de órgãos, mas é preciso que mais gente se disponha a isso para zerar a longa fila no Estado. Atualmente, 384 pessoas esperam um rim, três por um coração, 30 por córneas e oito por fígado. Este ano, foram realizados 113 transplantes de córneas, sete de rim, um de fígado e um de coração.

A aposentada Maria das Dores de Souza Oliveira, 50 anos, espera há 14 anos por um rim. Ela é uma das 110 pessoas que fazem hemodiálise três vezes por semana no Hospital São Vicente de Paula. Ela sofre de uma doença que paralisou os dois rins e passa, em média, quatro horas em cada sessão. “Nesse momento, vejo que a hora não passa. Já me conformei com essa situação. Mas faço um apelo para que as pessoas tenham mais consciência, que tenham compaixão da gente e não tenham medo de doar”, apelou.

O técnico de som Rosildo da Silva Braz, 34 anos, mora no bairro do Roger, na Capital, e faz hemodiálise há oito anos. Ele disse que sente desgosto pelo sofrimento que o tratamento provoca. Ele já faz planos para o futuro, dizendo que, depois do transplante, espera voltar a trabalhar na profissão para criar os três filhos, de 8, 11 e 13 anos. Rosildo recebe um benefício no valor de R$ 480 e é com esse dinheiro que ele, os filhos e a esposa sobrevivem. “Ninguém gosta de estar aqui neste sofrimento. Não desejo isso ao meu pior inimigo”, desabafou.

Decisão em vida – “O assunto ‘morte’ está deixando, aos poucos, de ser considerado um tabu nas rodas de conversa das famílias. É importante que as pessoas, ainda em vida, tomem uma decisão sobre a doação de órgãos e comuniquem a seus familiares. Na hora da dor, é muito difícil um pai, uma mãe, por exemplo, decidir se vai doar os órgãos de seu filho, mas se esse filho já tiver dito aos pais que esse é seu desejo, essa decisão será mais natural”, explicou Gyanna.

Ela lembrou que as campanhas melhoram significativamente as doações de órgãos. “Progressivamente, temos notado que, logo após as mobilizações, há um aumento na oferta de órgãos. Por isso, além de trabalhar no dia-a-dia com esse objetivo, uma vez por ano, fazemos essa grande mobilização social”, justificou.

 

Programação da Central de Transplantes da Paraíba
 

IX Campanha Estadual para Doação de Órgãos e Tecidos

 

Dia: 24/09/2009 – Quinta-feira
 

Evento: Culto ecumênico para familiares de doadores e receptores de Órgãos e tecidos, extensivo ao público em geral.
 

Local: Auditório da PBPREV (Antigo IPEP), João Pessoa-PB.
 

Hora: 16h

 

Dia: 25/09/2009 – Sexta-feira
 

Evento: Passeio Ferroviário pela Vida (Projeto Trem da Vida).
 

Local: Terminal Ferroviário de João Pessoa-PB.
 

Hora: 7h30

 

Dia: 25/09/2009 – Sexta-feira
 

Evento: Lançamento do Selo Comemorativo dos 10 anos da Central de Transplante da Paraíba.
 

Local: Auditório do Fórum Cível de João Pessoa-PB
 

Hora: 19h30

 

Dia: 26/09/2009 – Sábado
 

Evento: Caminhada pela Doação de Órgãos e Tecidos, com animação de trio elétrico, distribuição de brindes e material educativo.
 

Local: Busto de Tamandaré, Praia de Tambaú, João Pessoa-PB
 

Hora: 8h

 

 

Dia: 27/09/2009 – Domingo
 

Evento: Encerramento da campanha com atividades recreativas e educativas.
 

Local: Parque da Criança – Campina Grande-PB.
 

Hora: 8h

 

Da Assessoria de Imprensa da SES-PB
 

 

 

 

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