O calor não poupou ninguém neste domingo de Lollapalooza. O jeito foi procurar sombra e água fresca (ou cerveja gelada) para assistir aos bons shows do festival em São Paulo. Com um termômetro de mão e com infravermelho, os meteorologistas mediram a temperatura às 13h em diversos pontos do Autódromo. Sobre as proteções de plástico no chão, a sensação térmica chegou a 59º C. Perto do palco principal, o equipamento registrou 44º C.
No fechamento, o New Order apostou em hits e nostalgia, no palco Interlagos. No palco Skol, o Arcade Fire fez um espetáculo com luzes, máscaras, chuva de papel picado e grandes canções. Mostraram como se faz o melhor indie rock de arena do qual se tem notícia neste 2014. O segundo dia teve também representantes do primeiro time do novo folk rock (Jake Bugg), do divertido pop eletrônico de boate e academia (Ellie Goulding), do rock alternativo ainda vigoroso (Pixies), do grunge (Soundgarden) e do rock aclamado pela crítica, mas ainda em busca de espaço no Brasil (Vampire Weekend).
Do começo com “Reflektor” ao fim com “Wake Up”, o Arcade Fire botou a plateia para cantar e dançar. A banda canadense cumpriu a promessa de fazer uma espécie de carnaval roqueiro, com coros, máscaras e ótimas canções. Houve tempo também para cover de Caetano Veloso (“Nine out of ten”); de Tom Jobim e Vinicius (“O morro não tem vez”); e de Ary Barroso (“Aquarela do Brasil”).
Era só Frank Black meter a mão em sua guitarra para a histeria começar. Os vigorosos riffs de músicas como “Bone machine” e “Here comes your man” agradaram diferentes gerações, na terceira vinda do grupo ao Brasil. A banda de Boston fez um show concorrido no palco principal do Lollapalooza, na performance que mostrou ao público brasileiro a nova baixista da banda, a argentina Paz Lechantin.
Como cantora, Ellie Goulding é boa atleta e compositora. O que falta em potência de sua voz rouca sobra em disposição para dançar, batucar, sacodir a cabeleira loira e mostrar boas canções pop. A inglesa fez show enérgico, banhada em suor. De camisa da seleção brasileira com o nome de Goulding nas costas, ela mostrou performance atlética. Ela rebola e provoca gritinhos masculinos e femininos na plateia com “Anything could happen” e “I need your love”. Leia mais sobre o show de Ellie Goulding.
Em uma hora de show e 17 músicas, incluindo “Seen it all” (veja o vídeo acima) e uma versão de “My, my, hey, hey”, de Neil Young, Jake Bugg confundiu e cansou a maior parte de seus (muito) jovens fãs. Mas, ao contrário do que isso possa insinuar, a apresentação no Lollapalooza passou longe de ser ruim. Mesmo um tanto “incompreendido”, o jovem inglês de 20 anos ainda pode ostentar com orgulho o título de revelação da segunda noite de festival.
A voz rasgada de Chris Cornell, líder do Soundgarden, pode não ser mais a mesma da época em que ele despontou como galã do grunge, no início dos anos 1990.Cantor virtuoso, o músico hoje tem de recorrer a ecos, às vezes, na hora dos agudos mais intensos. O galã do grunge alcança o tom, mas tem alguma dificuldade para se manter ali. Nada que comprometa muito o resultado final. A banda conquistou o público do Lollapalooza com peso.
O Vampire Weekend tem um dos discos mais elogiados do ano passado e músicas bonitas,indie rocks de primeira grandeza. Mas a maior parte da plateia do Lolla não se deixou levar pelas mudanças de ritmo, silêncios, salada de rotações e versos tão cantaroláveis quanto esquisitos. “New York é a melhor cidade da América do Norte. São Paulo é a melhor cidade da América do Sul. ‘Tamo’ junto”, disse o vocalista Ezra Koenig, em português. Ele talvez tenha recebido mais aplausos por essa frase do que após qualquer das 15 músicas do setlist.
G1
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