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Vacina contra o zika funciona em macacos; PB já registrou 4.899 casos

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 Uma vacina contra o vírus zika desenvolvida nos Estados Unidos teve resultados positivos em testes com camundongos e macacos. Criada tendo o vírus inativo como base, a fórmula teve reação rápida e de longa duração. Outra vantagem em relação a outras substâncias em desenvolvimento é que ela funciona com dose única e em baixa quantidade, reduzindo os custos e simplificando a imunização. Detalhes do trabalho foram divulgados na edição desta semana da revista britânica Nature. Na Paraíba, quanto aos casos notificados de Zika Vírus, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano passado, foram registrados 4.899.

 

A vacina é resultante de uma pesquisa sobre a aplicação do RNA mensageiro — responsável pela transferência de informações do DNA — na área terapêutica, uma investigação que dura mais de 15 anos. “A plataforma de vacinação é uma manifestação desse trabalho”, conta ao Correio Drew Weissman, pesquisador da Divisão de Doenças Infecciosas da Universidade da Pensilvânia e autor do estudo.

 

Para a criação da vacina, foi utilizado o RNA de uma linhagem asiática do zika, apontada como predecessora dos casos que se espalharam recentemente na América do Sul. “Provavelmente, não é importante a origem da linhagem utilizada na pesquisa, uma vez que já determinamos que o zika tem um único serótipo (apenas um tipo de vírus). Confirmamos isso também mostrando que o primeiro zika identificado na África foi neutralizado em nossos animais imunizados”, detalha o pesquisador.

 

A fórmula provocou a produção de anticorpos neutralizantes em apenas duas semanas em ambas as espécies testadas. Os animais resistiram quando foram expostos ao vírus. A proteção durou cinco meses em ratos e cinco semanas em macacos. “Temos estudado alguns patógenos que obtiveram resultados igualmente impressionantes. Por isso, não foi uma surpresa ver que essa vacina funcionou tão bem. Acreditamos que o resultado positivo é importante, pois oferece uma imunização mais simples, menos cara, fácil de produzir e muito segura”, diz Weissman.

 

O pesquisador explica que a entrega da vacina no organismo é feita por meio de substâncias chamadas nanopartículas lipídicas, que são fáceis de ser aplicadas no corpo e têm menos chances de rejeição. Outra vantagem é que o RNA mensageiro utilizado não é replicante, ou seja, não há o risco de o material do vírus se integrar ao genoma da pessoa vacinada, gerando complicações. Os autores do estudo darão continuidade à investigação e pretendem realizar testes em humanos na próxima etapa. “Estamos avançando para a realização da fase 1 em um ensaio clínico daqui a 12 ou 18 meses”, adianta o autor.

 

A soma de mortes por dengue, zika e chikungunya no Brasil em 2016, até o dia 24 de dezembro, chegou a 794: 629 por dengue, 159 por chikungunya e 6 por zika. No mesmo período de 2015, as três doenças haviam provocado 1.001 mortes: 984 por dengue, 14 por chikungunya e 3 por zika. Quanto aos casos notificados de Zika Vírus no Estado da Paraíba, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano passado, foram registrados 4.899.

 

 

Redação com revista britânica Nature

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