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Opinião: nunca dependemos tanto de nós para a existência e insistência em uma pandemia que poucos “respeitam”

Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR

As mentiras que têm circulado contribuem para a tomada de decisão das pessoas e atualmente elas estão expostas as mensagens conflitantes que partem, de um lado, do presidente da República e, de outro, de um conjunto de organismos internacionais, cientistas, imprensa e alguns governadores de estado.

O fato é que não há como afirmar que uma estratégia em saúde pública é completamente eficaz contra o vírus. Não há consenso de como iniciar, pelo menos, um processo de vacinação contra à Covid-19. Em quem acreditar? Para se ter uma ideia, a ciência busca uma vacina contra um inimigo pouco conhecido. Não se sabe o básico. Por exemplo: dados paridos de todos os quadrantes da terra apontam que não se têm conhecimentos, ao certo, se o indivíduo que foi infectado pelo novo coronavírus está imune.

Perguntas não respondidas na BBC News

Podemos pegar o coronavírus mais de uma vez? Por que algumas pessoas ficam mais doentes do que outras? Uma vacina vai funcionar? Os passaportes de imunidade poderiam permitir alguns de nós voltarmos ao trabalho? Como vamos lidar com esse vírus em longo prazo?

O problema é que os cientistas, médicos e universidades localizados no cume do Everest buscam tais respostas cercados por inúmeras variáveis. Sabe-se que nosso sistema imunológico é a defesa natural do nosso corpo contra infecções e se divide em duas partes. A primeira está sempre pronta para entrar em ação assim que qualquer invasor estrangeiro é detectado.

A segunda é que esse sistema não é específico para o coronavírus. Em resumo: ele confunde não só os anticorpos, mas toda a comunidade científica. E seguindo essa linha de raciocínio, não há como garantir uma flexibilização contínua e eficaz em relação às restrições ligadas ao convívio social, abertura do comércio e outras ações que possam “salvar” a economia de países, estados e municípios.

Um dos fatores básicos dessa não atingida meta reside em nós, humanos. E quando nós saímos do eixo das grandes potências (muitas já retrocederam) na flexibilização e colocamos o Brasil na “reta”, apenas os mais irresponsáveis acreditam que tudo voltará como antes do surgimento da Covid-19.

E não buscando politizar ainda mais esse problema sanitário seriíssimo, vivemos em um país cuja informação está cada vez mais cerceada, a ciência é descartada e o foco maior está baseado na economia. Acontece que estamos à beira do caos. E a Paraíba, por mais que o Estado busque minimizar as desgraças da pandemia, não será capaz.

Sim, não será capaz, pois a Paraíba, como todos os estados do país, carecem de um bom índice de escolaridade dos seus cidadãos, uma boa infraestrutura do transporte público, passando por uma rede sanitária adequada até o básico, que está numa boa alimentação, empregos e postos de saúde para todos.

Como o leitor vê, não sou Nostradamus, mas prevê que uma nova onda da Covid-19 em solo da Terra, e muito mais potente em países e estados pobres em sua economia, como a Paraíba, não é difícil.

O poder público, e até o privado, está fazendo sua parte? A resposta é sim! Mas nós, eu e você, estamos? Um espirro pode matar o próximo. Ou cooperamos livres de bandeiras ideológicas, ou a minha e a sua vida estará em grande risco. E isso não é alarmismo. Basta ler os artigos científicos que todos os dias são publicados em todo o mundo. De certa forma, na história da humanidade, nunca dependemos tanto de nós mesmos.

A hora é de cooperar!

Eliabe Castor
PB Agora

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