As projeções realizadas pelo secretário de Saúde da Paraíba sobre o aumento dos casos da Covid-19 no Estado vêm se consolidando. E uma possível segunda onda do novo coronavírus não está descartada, principalmente após as eleições municipais, cujas aglomerações e contatos físicos diretos entre candidatos e o povo não cessaram, apesar dos esforços contínuos do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TER), desembargador José Ricardo Porto.
E as provas começam a chegar. A maior delas reside na pessoa do senador José Maranhão (MDB). Com 87 anos, envolveu-se de forma direta na campanha do então candidato a prefeito de João Pessoa, Nilvan Ferreira, que, aliás, ainda não emitiu nota de solidariedade ou algo do tipo a seu colega de sigla. É esperada sua manifestação pública, o que deve ocorrer, já que outros políticos (mesmo os adversários do emedebista) se manifestaram, a maioria em suas redes sociais.
O que levou Maranhão a correr tamanho risco e a gravidade do quadro clínico?
Inicialmente Maranhão esteve hospitalizado em uma unidade de saúde da Capital, mas, por precaução, seus familiares decidiram a transferência do parlamentar – que está no chamado grupo de risco.
Ele foi transferido para o Hospital Vila Novo Star, em São Paulo, no dia 04 de dezembro. As informações sobre o estado clínico do senador neste domingo (06) é que sua a saúde permanece estável, sem alterações significativas, apresentando um quadro de insuficiência respiratória, em ventilação mecânica invasiva, sem febre.
Agora as perguntas: como um cidadão de quase 90 anos se envolveu de forma incisiva em um pleito eleitoral entendendo todos os riscos que corria? Será que a política é mais importante que a vida? Negar a existência do vírus? Ou apenas amor pelo que exerce há décadas?
Que Maranhão se recupere de forma firme
A coluna deseja a recuperação de José Maranhão, como toda a Paraíba, seja por sua conduta austera no cenário político, seja por suas muitas ações em benefício do Estado e, claro, por trata-se de um ser humano, antes de tudo.
E para todos os políticos que contraíram a enfermidade no pleito, e principalmente o cidadão comum, O POVO, o mesmo vale. Uma boa e rápida recuperação, observando que os números da Covid-19 crescem não só na Paraíba, mas no Brasil e em outros países de maneira relativamente rápida.
Por isso a prevenção, hoje, é a melhor arma para preservar vidas enquanto a vacina não estiver disponível. O que já é outro problema político envolvendo Estados e o Governo Federal.