Nesta quarta-feira (1°), Dia Mundial de Enfrentamento a Aids, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da seção de DST/Aids, promove uma série de atividades para marcar a data. A primeira atividade do dia acontece no Mercado Central, das 8h às 17h, com a distribuição de preservativos e material educativo, além da realização do teste rápido de HIV. No início da noite, no Teatro Ednaldo do Egyto, a partir das 19h, acontece a 1ª Mostra de Teatro: Saúde em Cena no com apresentações cênicas voltadas para prevenção da doença. As apresentações ocorrem nesta quarta e na quinta-feira (2), também as 19h.
O projeto partiu da iniciativa do coordenador do Centro de Testagem e Aconselhamento da Seção DST/Aids, Roberto Maia, em conjunto com a farmacêutica-bioquímica Celly de Freitas que também é atriz e arte-educadora. Através de oficinas desenvolvidas com os servidores da saúde da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), foram elaboradas quatro esquetes com o tema DST/Aids. Para Celly Freitas, a ação serve como multiplicadora de informação.
“Esse projeto é de grande valia para todos aqueles que acreditam que a arte pode transformar o pensamento de qualquer pessoa, desde que ela seja bem executada” diz a coordenadora, lembrando que o projeto terá continuidade em 2011, com oficinas para novas turmas sendo iniciadas no mês de fevereiro.
De janeiro até novembro, o Centro de Testagem e Aconselhamento e a Seção DST/Aids de João Pessoa realizaram 95 ações educativas em todo o município. Foram seminários, palestras, oficinas e apresentações teatrais que levaram informações e conhecimento a respeito do tema para diversas faixas de público.
Ações – O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) proporcionou até o mês de setembro de 2009 mais de 78 mil testes de HIV na capital, representando um aumento de 500% em relação ao último levantamento realizado em 2004.
No final do mês de outubro, a SMS realizou uma oficina para o plano para Elaboração do Plano de Ações e Metas (PAM) no combate ao HIV e doenças sexualmente transmissíveis para o ano de 2010. Para Roberto Maia, o grande desafio em 2010 é estabelecer a descentralização do sistema de coleta de exames HIV e implementar uma política de prevenção e tratamento das DST/AIDS dentro dos presídios e terreiros de umbanda. Além disso, faz parte do projeto aumentar o trabalho de educação sexual nas escolas.
* O que é a AIDS?
A AIDS, uma abreviação em inglês da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, é uma manifestação clínica avançada da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV-1 e HIV-2). Geralmente, a infecção pelo HIV leva a uma imunossupressão progressiva, especialmente da imunidade celular, e a uma desregulação imunitária. Tais desregulações e supressões imunitárias acabam por resultar em infecções oportunístas, neoplasias e/ou manifestações (demência, caquexia, trombicitopenia etc.) que são condições definidoras de AIDS, quando em presença da infecção pelo HIV.
* Em que situações se pode pegar AIDS?
1) Nas relações sexuais – Sexo anal, vaginal ou oral, no qual um dos parceiros esteja contaminado.
2) Nas transfusões de sangue, quando o sangue estiver contaminado.
3) Nas práticas de compartilhar agulhas e seringas (duas ou mais pessoas usarem uma só), especialmente no uso de drogas injetáveis, quando um dos usuários estiver contaminado.
4) Materiais de acupuntura, tatuagens e outros objetos perfurantes e cortantes também podem representar perigo.
5) Da mãe para o filho durante a gravidez, parto e amamentação, se a mãe estiver contaminada.
* Onde não há risco de se pegar AIDS?
1) No beijo social, abraços e apertos de mão.
2) No convívio familiar.
3) No local de trabalho.
4) Nos transportes coletivos.
5) Nos aparelhos sanitários, pias e piscinas.
6) No uso comum de pratos, talheres e copos.
7) Nas picadas de insetos.
8) Na doação de sangue.
A doença é diagnosticada por meio de um exame específico. Deve ser tratada imediatamente, pois, no estágio mais avançado, aparecem infecções graves que levam a pessoa à morte. Ainda não há uma vacina para a Aids, mas a medicação adotada, chamada popularmente de “coquetel”, permite que o paciente que a recebe tenha uma sobrevida maior do que aqueles que não recebem tratamento específico, embora a síndrome ainda seja considerada incurável.
Redação com Secom/JP
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