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Banco de Leite intensifica campanha de doação no final de ano

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 Com a proximidade do final do ano, as doações de leite humano costumam diminuir, interferindo consideravelmente na situação do estoque dos bancos de leite no Estado. Neste período de festejos e com a chegada das férias, há uma tendência nacional na queda da coleta de leite materno doado e o déficit gira em torno de 30% a menos do que normalmente é coletado por mês. Em números brutos, a Paraíba deixa de contabilizar, pelo menos, 220 litros de leite durante o mês de dezembro e início de janeiro.

 

De acordo com a diretora do Banco de Leite Humano Anita Cabral, Thaise Ribeiro, as campanhas de doação de leite materno acontecem durante todo o ano, mas, nesta época, elas devem ser intensificadas. “É importante ressaltar que, além da possibilidade de queda significativa na coleta de leite, novas doadoras também podem ser captadas neste período. A cada dia nascem mais bebês e, consequentemente, mais mulheres podem se tornar doadoras. Ou seja, essas novas mamães precisam ser sensibilizadas a doar o excedente do seu leite”, alertou Thaise.

 

Em casos de viagens, as doações podem proceder normalmente. É necessário, apenas, que a doadora ativa entre em contato com o banco de leite mais próximo. “Mesmo que a mães se desloquem para outros estados do País, há a chance de doar. Em todo Brasil, temos mais de 200 bancos de leite. As doadoras podem ter o simples acesso pela internet ao visitar a página da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (www.redeblh.fiocruz.br), conseguindo o endereço e o contato telefônico do banco de leite mais próximo de onde ela esteja”, explicou Thaise.

 

Nas viagens dentro do Estado, as doadoras têm acesso a seis bancos de leite e 16 postos de coleta. “O contato é simples. Basta ligar para o banco de leite de referência Anita Cabral (83 3215-6047) ou encontrar o serviço mais próximo através do acesso a página do governo (http://www.paraiba.pb.gov.br/saude). Na página disponibilizamos o endereço e contato de toda a rede paraibana de bancos de leite”, informou a diretora.

 

 

Thaise explicou, ainda, que, se a mulher já for doadora ativa, é preciso apenas se identificar em qualquer banco ou posto de coleta a que recorrer, não sendo necessário, portanto, a realização de novo cadastro. “Através da comunicação interna do serviço há o repasse das informações. Lembrando que o banco de leite vai até a casa da doadora através da visita domiciliar”, frisou ela.

 

É importante ressaltar que a tendência mundial de aumento de nascimentos prematuros gira em torno de 7%. Sendo assim, o alerta e a conscientização devem ser constantes. “É imprescindível a sensibilização das pessoas para a doação do excedente da produção láctea das mulheres que amamentam seus filhos. Na Paraíba, são mais de mil bebês atendidos com essas doações por mês. Outros mais poderiam ser atendidos se nossas doações aumentassem”, pontuou Thaise Ribeiro.

 

Lição – Aline Baracho Santana tem 28 anos, um bebê de um ano e dois meses e resolveu doar leite desde que o bebê nasceu. “As pessoas se impressionam quando digo que ainda dôo leite. Antes de ter filho, torci para que tivesse muito leite e que, dessa forma, eu pudesse ajudar outras pessoas”, comentou.

 

Quando o bebê, Daniel, nasceu, veio a boa surpresa: Aline tinha leite suficiente para alimentar o bebê – até hoje – e doar para outras crianças. “Procurei nas redes sociais e achei o Banco de Leite Anita Cabral. Entrei em contato e, prontamente, um membro da equipe veio em minha casa, me explicou como funcionam as doações, me cadastrou e logo comecei a doar. É um prazer inexplicável”, disse Aline.

 

Aline comentou que ama o que faz e que é multiplicadora das informações que recebe. Até hoje, ela já contabilizou mais de 14 litros de leite doados – em números estimados, daria para alimentar 150 bebês prematuros em um dia.

 

“Procuro sensibilizar outras mães, sejam elas minhas vizinhas ou até uma desconhecida que encontro na espera de uma consulta de rotina do meu filho. Enquanto puder, doarei com a maior alegria, porque sei que posso estar salvando muitas vidas”, comentou Aline. E a boa ação não se resume apenas ao ato de doar. “O contato com a equipe do Banco de Leite é maravilhoso, mas ainda tenho um sonho: quero conhecer alguns bebês e mamães que estão sendo beneficiados. Será uma experiência incrível”, afirmou.

 

Saldo de doações em 2014 – De acordo com Thaise, o fechamento da estatística de 2014 só é definitivamente contabilizado no primeiro trimestre do próximo ano, porém, em termos gerais, é possível analisar um aumento considerável de doações no Estado. “Principalmente na grande João Pessoa, onde verificamos um acréscimo em torno de 100 litros por mês, ressaltando que mais bebês foram atendidos e salvos com leite materno doado”, disse ela.

 

Para doar – Para ser doadora, basta a mulher estar amamentando, ser saudável e tenha produção de leite maior que a necessidade do seu bebê. Para doar é só procurar uma das unidades distribuídas em todo o Estado através do link: http://static.paraiba.pb.gov.br/2013/09/Rede-Paraibana-de-Bancos-de-Leite.pdf

 

Banco de Leite Humano – É responsável por ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e execução de atividades de coleta da produção lática da nutriz, seleção, classificação, processamento, controle de qualidade e distribuição, sendo proibida a comercialização dos produtos por ele distribuídos.

 

Banco de Leite Anita Cabral – Funciona na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, e se tornou um centro de referência no Nordeste. Fornece suporte técnico para toda a rede paraibana de bancos e postos de coleta de leite materno, que beneficia milhares de mães e bebês em toda a Paraíba. Foi inaugurado em 1987 e, desde então, contribui para o fortalecimento e incentivo à prática da amamentação e doação de leite materno.

 

O leite – O leite doado é processado e analisado por um laboratório, certificado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o qual garante a inativação dos protozoários, vírus, fungos e bactérias patogênicas, oferecendo ainda a informação de todas as características físico-químicas, tais como grau de acidez, quantidade de gordura e maturidade do produto. Isso garante que cada receptor atendido receba o leite específico para seu quadro clínico.

 

Secom-PB

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