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270 mil paraibanos sofrem de algum grau de disfunção erétil

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Disfunção erétil atinge 270 mil paraibanos
 

Quase 270 mil homens paraibanos sofrem de algum grau de disfunção erétil, mais conhecida como impotência sexual. A doença é mais comum do que se imagina, apesar de poucos pacientes reconhecerem que sofrem do problema. Situações como perda de um ente querido e problemas financeiros, além de causas orgânicas como diabetes e aumento do colesterol ruim podem ser os motivos para se desencadear a patologia. Acredita-se que aproximadamente 50% dos adultos do sexo masculino com mais de 40 anos de idade têm alguma queixa em relação às suas ereções. A estimativa parte da Sociedade Brasileira de Urologia e pode ser aplicada à Paraíba, conforme especialistas.

Apesar do índice elevado de acometimento, estudos apontam que apenas 3,5% da população masculina apresenta o estágio mais severo da doença. A maior incidência está nos pacientes com idade superior aos 40 anos, mas a doença acomete também homens jovens. Nesse caso, fatores como ansiedade, insegurança e depressão são as razões mais comuns. As causas da DE são classificadas como psicológicas, orgânicas e mista (que reúne as duas primeiras situações). O cálculo dos portadores de disfunção erétil tomam como base a estimativa de percentual apontada pela SBU e a população masculina de paraibanos com idade acima de 40 anos, que é de 541 mil homens de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Como paliativo e até mesmo usado como tratamento eficaz e definitivo, comprimidos como Viagra e Cialis, tem sido a solução para que o público masculino garanta uma boa relação sexual com sua parceira. Os medicamentos são mais indicados nos estágios entre o leve e o moderado. As injeções também são apropriadas para por fim ao sofrimento desses pacientes. Quando o quadro está mais crítico, a alternativa da medicina são as próteses penianas, que chegam a custar R$ 25 mil e são usadas quando o paciente perde a capacidade de manter uma ereção.

A disfunção erétil consiste na dificuldade persistente de obter ou manter uma ereção suficiente para permitir uma atividade sexual satisfatória. Existem três níveis da doença – leve, moderada e alta – e independente do grau de impotência, a orientação é que um médico seja consultado o quanto antes, pois, embora não seja fatal, a dificuldade de ereção pode causar um impacto significativo na qualidade de vida tanto dos homens quanto de suas parceiras.

Segundo o membro da Sociedade Brasileira de Urologia – seccional Paraíba, urologista Leandro Tavares, a disfunção erétil é vista como um prenúncio de problemas cardiovasculares, muito associada a uma patologia muito badalada atualmente, a Síndrome Metabólica. “Com relação a essa síndrome, a principal alteração é o aumento na circunferência abdominal (obesidade central), que não deve ultrapassar 94 centímetros nos homens e 80 centímetros nas mulheres. “Ou seja, DE é fator de risco importante para infarto do miocárdio. Além disso, a doença sempre se associa com algum grau de depressão, ansiedade, sensação de invalidez sentida pelos pacientes, o que os deixa com queda na sua autoestima”, afirma o médico.

Para diagnosticar a doença, basta o paciente se submeter a exames simples como hemograma. Às vezes, apenas em uma breve conversa com o urologista durante a consulta, fica claro para o profissional que a pessoa está sofrendo com o problema. A disfunção pode estar relacionada à uma causa orgânica, onde tem uma doença como substrato, e as questões psicológicas. Conforme informações da Coordenadoria de Campanha da SBU, a impotência atinge aproximadamente 50% dos pacientes com diabetes e 38% dos portadores de doenças cardiovasculares. “Os sintomas da DE ocorrem principalmente quando o paciente se queixa de diminuição da libido, dificuldade em obter ou em manter uma ereção suficientemente rígida para penetrar a sua parceira, ou nos casos em que o paciente reclama de ejaculação precoce”, citou Leandro Tavares.

O medo e a vergonha de se admitir o problema, leva os homens a mascararem o problema e até buscar a auto medicação. O urologista Leandro Tavares disse que o acompanhamento do médico é essencial no tratamento da doença, mas ainda há resistência. “Quando vamos receitar um remédio para disfunção erétil, os pacientes resistem alegando que para adquirir o produto não é necessário receita. Eles têm aversão em assumir que possuem a doença e a existência de um documento médico o faria passar pelo constrangimento junto ao balconista do estabelecimento”, diz.

Francisco (nome fictício), de 55 anos, apresentava os sintomas de disfunção erétil há dez anos, mas só procurou auxílio médico há seis meses, após a separação conjugal que, segundo ele, abondonou-o para viver com outro companheiro. “Ao longo desse tempo, o problema evoluiu progressivamente, ao ponto de eu não ter mais nenhuma relação sexual com minha esposa nos últimos três anos. Ela me pediu para procurar ajuda, mas sempre tive preconceiro e vergonha de expor tudo isso ao médico”, conta. Somente após o divórcio, a doença foi detectada e a causa está na redução dos níveis hormonais (testosterona), que teve resposta satisfatória após o tratamento com injeção trimestral. Hoje, Francisco tem uma nova namorada, mais jovem que ele, e tem atividades sexuais completamente normal.

 

 

PB Agora 

com informações do JP

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