Vita diz que Cássio não foi votado e Harrison Targino diz que tucano é vítima de perseguição
O tucano Cássio Cunha Lima tentava, através de recurso, validar sua candidatura ao Senado Federal no Tribunal Superior Eleitoral recorrendo da decisão do TRE-PB que a havia impugnada.
Na análise do recurso o pleno do TSE manteve a decisão do órgão regional por quatro votos a três.
O advogado Roosevelt Vita declarou em entrevista que não apareceu novidades no processo tendo em vista que não houve nenhuma modificação no comportamento do ministro presidente, Ricardo Lewandowski, tendo sido o mesmo do STF.
– O que foi julgado ontem foi o pedido de registro que foi indeferido com base na lei 64/90 com as modificações que lhe foram emprestadas pela lei complementar 135 – comentou o advogado.
Roosevelt Vita acrescentou ainda que a discussão no Tribunal Superior Eleitoral se limitou à possibilidade de Cássio Cunha Lima poder ser ou não candidato.
– O que se discutiu ontem foi se o ficha suja, Cássio Cunha Lima, poderia ser candidato ou não – discursou Vita.
Ao concluir seu pronunciamento Roosevelt Vita disse que a idéia de que os votos recebidos pelo tucano nas eleições deste ano serão invalidados não é plausível porque o mesmo não teve a candidatura permitida o que consequentemente anula a possibilidade de ser votado
– Ele não chegou a ser candidato, então não teve voto anulado, ele simplesmente não foi votado porque só pode ser votado quem é candidato – concluiu o advogado
Advogado diz que Cássio é vítima de perseguição e espera justiça do STF
O advogado do ex-governador Cássio Cunha Lima, Harrisson Targino, lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que manteve a impugnação da candidatura do tucano ao Senado Federal.
De acordo com o advogado, a Corte está dividida e mais de um milhão de paraibanos ficaram impedidos de escolher de forma livre e inconsciente seu representante.
– Nós vimos um Tribunal Superior Eleitoral dividido, profundamente dividido, que decidiu por 4×3 pela manutenção da impugnação ao registro de Cássio e desta forma não há como lamentar que se tenham tentado e buscado, no fundo, indeferir o voto de mais de um milhão de paraibano que escolheram livre e conscientemente o nome de Cássio Cunha Lima como seu representante no Senado Federal – lamentou Harrisson Targino.
O representante jurídico dos interesses do ex-governador no processo acusou o PMDB de perseguir implacavelmente tanto o cidadão quanto o político Cássio Cunha Lima.
– A perseguição que vem movendo o PMDB, e a coligação que lidera, em torno da candidatura e da pessoa de Cássio Cunha Lima é sem precedentes na história política da Paraíba – criticou o jurista.
Ele disse que o tucano esgotará todas as possibilidades no intuito de garantir tanto o seu direito de ser candidato quanto o da população de escolher quem quer como representante.
– É de se lamentar que não se busque respeitar o direito do povo escolher, o povo escolheu Cássio, o elegeu para o Senado e por esses motivos nós iremos às últimas instâncias defender o direito do povo paraibano de o ter escolhido como senador e de ter garantido o mandato que livremente criou – discursou Harrisson Targino.
O jurista disse ainda que será interposto um recurso junto ao Supremo Tribunal Federal nos próximos três dias e que acredita que o STF corrigirá o erro das demais cortes.
– Estamos, portanto, interpondo recurso ao Supremo Tribunal Federal nestes três dias, até domingo, para manter o registro de Cássio, na expectativa, na certeza e na esperança de que possa a justiça ser feita e ser garantido ao povo da Paraíba o direito de escolher livremente seu representante – concluiu Harrisson Targino.
Redação com paraibaonline