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Twitter diz que post de Bolsonaro sobre ‘tratamento precoce’ da Covid viola regras

Foto: Marcos Corrêa/PR

Rede social colocou alerta sobre ‘publicação de informações enganosas’. Este tipo de medida restringe a circulação do tuíte, mas ele continua disponível na rede social.

O Twitter colocou por volta das 20h desta sexta-feira (15) uma marcação no post do presidente Jair Bolsonaro que falava sobre um “tratamento precoce” contra Covid-19 que não tem comprovação médica, alertando que a mensagem viola as regras da plataforma sobre publicação de informações enganosas.

Este tipo de medida restringe a circulação do tuíte, mas mantém a mensagem no ar.

Na postagem feita às 15h36 desta sexta, Bolsonaro disse que “Estudos clínicos demonstram que o tratamento precoce da Covid, com antimaláricos, podem reduzir a progressão da doença, prevenir a hospitalização e estão associados à redução da mortalidade”.

Mas pesquisadores de diferentes universidades e países comprovaram que não há prevenção e/ou tratamento com a ajuda de medicamentos.

Foto: Twitter

No fim da tarde, o G1 questionou a rede social sobre se a postagem violava suas regras e se alguma medida seria tomada neste caso.

Horas após a publicação, a rede social colocou um aviso em cima deste tuíte, dizendo que ele “violou as Regras do Twitter sobre publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais” relacionadas à Covid-19″.

Mas disse que “no entanto, o Twitter determinou que pode ser do interesse público que esse Tweet continue acessível”. Não estava mais visível a contagem de curtidas e de compartilhamentos.

Em sua política de uso, a plataforma afirma que, se um post de um líder mundial violar as regras, “mas houver um claro interesse público em mantê-lo na plataforma, nós o colocaremos atrás de um aviso que trará contexto sobre a violação e permitirá que as pessoas cliquem e vejam o conteúdo se assim desejarem”.

“O aviso é potencialmente informativo. Ele pode fazer com que a pessoa passe a procurar informações verdadeiras em outros canais e romper o canal da desinformação”, avalia Yasmin Curzi, especialista em Direito Digital, da FGV-Rio.

“Adicionar uma informação a mais, um aviso ou um link para que a pessoa chegue à checagem de fato daquela informação é uma boa medida porque não suprime a manifestação de um usuário”, diz Ivar Hartmann, professor associado do Insper e especialista em direito digital.

 

G1

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