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Sindicalistas protestam diante do BC e pedem redução dos juros

 Durante manifestação diante da sede do Banco Central (BC), em Brasília, hoje (26) pela manhã, representantes das centrais sindicais criticaram o governo pela mudança de rumo na política monetária. A taxa básica de juros, a Selic, chegou a sofrer dez reduções seguidas, para 7,25% ao ano, mas subiu nas cinco reuniões mais recentes do Comitê de Política Monetária (Copom), até atingir 9,5%. Na última reunião de 2013, que termina amanhã, a expectativa é de que sofra nova alta, possivelmente para 10%.

 

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, houve um processo anterior de enfrentamento aos interesses do setor financeiro, com valorização do setor produtivo. "Fica o elogio à coragem da presidenta Dilma Rousseff pela atitude anterior de combater o ganho fácil do setor financeiro e de apontar para a sociedade brasileira os altos lucros dos bancos", afirmou. "Nos últimos meses a inflação vem diminuindo e isso não é mais argumento, é um atentado contra o desenvolvimento do Brasil. O país virou o campeão mundial dos juros altos e com espaço para especulação e não espaço para a produção, como deveria ser", acrescentou.

 

Para o sindicalista, a elevação da Selic favorece os bancos e outras instituições financeiras, que passam a receber mais pelas aplicações em títulos públicos. “O Brasil acaba sendo um paraíso da especulação, da aplicação em títulos de governo, aplicação em papel e não expansão da produção. O trabalhador perde em oportunidade, o Brasil perde em qualidade de crescimento”, disse o dirigente.

 

"Nosso ato é para cobrar o Banco Central e o governo federal para que baixem os juros e invistam mais recursos em políticas públicas como saúde, educação, segurança, moradia e não no rentismo, como é a prática da política atual", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.

 

"Temos de lutar pelo fim do superávit primário, pela redução dos juros, pelo controle do câmbio e do fluxo de capitais, bem como a taxação das remessas de lucros e dividendos", afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, na página da central na internet. Ele citou a pauta das centrais apresentada ainda em 2010. "A agenda da classe trabalhadora por um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho é a nossa bússola."

Rede Brasil Atual

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