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Senado: diretores são exonerados

O Senado divulgou nesta sexta-feira (20) a lista dos 50 diretores que foram exonerados da função. Entre eles estão os diretores de “garagem” e de “check in”. Com o corte, o Senado passa a ter 131 diretores. Segundo o diretor-geral, Alexandre Gazineo, a economia com o corte será de R$ 400 mil mensais. Os cargos, no entanto, não foram extintos porque é necessário decisão da Mesa Diretora da Casa.
 

O Senado “descobriu” somente nessa quarta-feira (18) ter 181 diretores em sua administrativa. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), determinou que todos colocassem os cargos à disposição.

 

O primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), afirmou que o crescimento do número de diretoria veio acontecendo ao longo dos últimos 12 anos. Foi ele quem determinou o corte imediato dos 50 diretores. Ele afirmou que a extinção dos cargos definitivamente será discutido na próxima semana em reunião da Mesa Diretora.

Entre as diretorias cortadas estão algumas das que mais chamaram a atenção ao serem descobertas. Elias Lyra Brandão perdeu seu cargo de diretor da coordenação de administrações de residências oficiais. Ele trabalhava na garagem de um prédio de apartamentos funcionais e por isso o cargo ficou conhecido como “diretoria de garagem”.

 

O G1 tentou falar com Brandão, mas, segundo sua secretária, ele estaria em uma reunião fora de seu escritório e não tinha hora para retornar.

Perdeu o emprego também o diretor da coordenação de apoio aeroportuária, Francisco Carlos Melo Farias. Ele era o popular “diretor de check in”. Na subsecretaria, ninguém atendeu ao G1.

 

Outro a deixar a função foi Francisco Guilherme Thees Ribeiro, da subsecretaria de elaboração de autógrafos.

 

Ribeiro disse ao G1 que ainda não havia sido comunicado oficialmente sobre a exoneração. Ele disse que não considera injusta a sua saída do cargo. “Não acho nenhuma injustiça. O presidente do Senado detém os cargos. Ele escolhe quem quiser.”

Ele disse ter ficado surpreso com as notícias sobre o número de diretorias da Casa. “Atualmente, eu não sei como é a estrutura do Senado. Para mim foi uma surpresa esse número e diretorias [181].”

Segundo ele, a subsecretaria que comandava foi criada em 2006. Ribeiro permanece no Senado, em sua função original, de analista legislativo. “Sou funcionário de carreira, tenho 35 anos de serviço público no Senado”, afirmou.

Segundo o diretor-geral do Senado, o corte atingiu, principalmente, as subsecretarias. Todos os 50 servidores exonerados da função são concursados, segundo Gazineo. Eles poderão continuar a realizar o mesmo trabalho, mas sem o cargo de diretor. “Eles perdem o status e o dinheiro, mas podem, se quiserem, continuar a trabalhar no mesmo local”, explicou o diretor-geral.

 

G1

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