Com mais de 27 milhões de brasileiros sem emprego ou que não ganham o suficiente para o próprio sustento, a desocupação tem sido um dos temas mais abordados pelos postulantes ao Palácio do Planalto. Agora nos postos de possíveis líderes do país, alguns deles já passaram dificuldades e chegaram a ser excluídos do mercado de trabalho no passado. É o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e da ex-senadora Marina Silva, da Rede, que passaram pela informalidade e chegaram a ficar sem emprego formal. Além deles, o senador Alvaro Dias, do Podemos, ficou sem ocupação depois de perder uma eleição no Paraná, na década de 1990, e Guilherme Boulos, do PSol, precisou parar de trabalhar para se dedicar ao mestrado.
Nas aparições públicas e nos dois debates presidenciais já promovidos, o desemprego ganhou espaço relevante nos discursos. No encontro realizado pela RedeTV!, cinco perguntas feitas pelos candidatos falaram sobre a geração de empregos, além de citações avulsas. Era de se esperar. No dia anterior, o IBGE divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Trimestral (Pnad) que apontava a falta de emprego para 13,2 milhões de brasileiros e que o país tinha mais de 3 milhões de pessoas em busca de uma vaga há pelo menos dois anos.
As abordagens dos candidatos para propor soluções ao desemprego são diversas (Veja quadro). Enquanto Marina mira nos jovens, que, segundo o levantamento, são mais prejudicados que os adultos, Geraldo Alckmin, do PSDB, reforça a preocupação com os números alarmantes, aproveitando para atacar a gestão petista. Segundo o tucano, os 13 anos do Partido dos Trabalhadores no poder resultaram em recessão e 13 milhões de desempregados.
A candidata Marina Silva viveu a informalidade enquanto jovem. Antes de se graduar em 1985, com 27 anos, na Universidade Federal do Acre, trabalhou como costureira, monitora e doméstica. “Ficar desempregada é diferente de ficar sem trabalhar. Eu trabalhei sempre. Fazia costura, figurino do grupo de teatro do qual participava e, na época que era católica, trabalhava como coordenadora na paróquia, mas era um trabalho missionário, sem remuneração”, disse ao Correio.
Tarefa
Para Jorge Alexandre Neves, professor de sociologia econômica da Universidade Federal de Minas Gerais, o próximo presidente precisará se posicionar acerca das “políticas procíclicas implementadas pelo atual governo”, a exemplo da PEC do Teto dos Gastos. Segundo ele, a queda de investimento público trouxe problemas também ao investimento privado. Mas o especialista é otimista em relação ao próximo mandato.
“A retomada do crescimento e do emprego não será tão difícil, porque temos uma taxa de ociosidade da economia muito alta. Então, é necessário consumo, que consequentemente gera emprego. A longo prazo, um programa de reindustrialização do país e de incentivo em setores estratégicos, uma inserção global do Brasil”, analisa.
Os números divulgados em julho pelo IBGE acerca do trimestre encerrado em maio indicaram que o número de empregados com carteira assinada no setor privado caiu. Houve baixa de 1,1% em relação ao trimestre anterior, isto é, 351 mil pessoas, e de 1,5%, ou seja, 483 mil pessoas, na comparação com o mesmo trimestre de 2017.
* Estagiário sob a supervisão de Leonardo Meireles
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Redação
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