Categorias: Política

PF descarta edição em áudio de gravação de Joesley Batista com Temer

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A Polícia Federal (PF) concluiu que não houve edição no áudio da gravação da conversa entre o empresário da JBS, Joesley Batista, e o presidente Michel Temer. A perícia, feita pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC), foi finalizada nesta sexta-feira (23/06).

Na gravação que causou um terremoto político, Temer daria a Joesley o aval para o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) em troca do silêncio deste na prisão. O áudio, gravado em março, fazia parte do acordo de delação premiada firmada por Joesley e seu irmão Wesley Batista com a Procuradoria-Geral da República.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, os peritos teriam identificado mais de 180 interrupções “naturais” no áudio. Essas pausas teriam sido causadas pelo aparelho utilizado para gravar a conversa, que possui um mecanismo de economia de bateria que interrompe automaticamente a gravação em momentos de silêncio.

Desta forma, os peritos descartaram edições no áudio. Quatro gravações foram analisadas. O laudo será entregue na próxima semana ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O resultado da perícia era ainda aguardado pela PF para a conclusão do inquérito sobre Temer que analisa as denúncias de organização criminosa e obstrução de Justiça. Em relatório parcial, o presidente foi acusado pelo crime de corrupção passiva.

Guerra de interpretações

Após a divulgação do áudio, a imprensa brasileira foi tomada por uma guerra de interpretações envolvendo uma suposta manipulação do seu conteúdo. As primeiras questões sobre eventuais edições no registro da conversa entre Temer e Joesley foram levantadas nos dias seguintes à divulgação do áudio.

Além de dar aval a Joesley para o pagamento de uma mesada a Cunha, na mesma ocasião, Temer indicou ainda o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) para resolver uma questão da J&F Investimentos, holding que controla a JBS. Posteriormente, Loures foi filmado recebendo uma maleta com 500 mil reais que teriam sido enviados por Joesley.

Durante o encontro com Joesley, Temer agiu com naturalidade. O presidente foi posteriormente acusado de não ter agido ao tomar conhecimento das ações do empresário para afetar investigações em andamento.

Após a divulgação dos áudios, Temer afirmou que a gravação era fraudulenta e sua defesa contratou um perito para analisá-la. Os advogados do peemedebista alegam que foram identificados “70 pontos de obscuridade” na gravação, o que revelaria que o material seria imprestável.

Com a conclusão do inquérito da PF, a decisão de denunciar Temer ao Supremo, com base nas investigações, caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

 

DW

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