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Os delegados e a estranha condescendência

O que aconteceu com os delegados da Polícia Civil da Paraíba? Esses homens destemidos, obstinados e firmes na defesa de seus direitos? Alguma coisa mudou. Ao defenderem reajuste salarial junto ao atual governo, eles parecem bem mais flexíveis.

O que antes parecia ser um leão feroz a rugir, bravamente, hoje não passa de um coelhinho às vésperas da páscoa….

Senão, vejamos. Na gestão anterior, os delegados não queriam sequer suspender a greve para negociar com o governo. Era algo mais ou menos assim: “Vamos ficar em greve até o governo apresentar uma proposta”. Surpreende ao mais desmemoriado dos paraibanos, então, o fato de os delegados terem saído da reunião de ontem com a cúpula da Segurança da atual administração após receberem o equilibrado pedido de prazo de 70 dias para o governo apresentar uma contra-proposta. E sem chiar.

Saíram caladinhos, como se fossem delegados da paz. Lembre-se, inclusive, que no governo anterior, após uma negociação malograda, os delegados saíram da reunião e deliberaram na mesma noite, em frente ao Palácio da Redenção, em plena Praça dos Três Poderes, sem assembléia nem nada, que iriam retomar a greve. Foi assim. De sopetão. Reação fulminante.

Ora, se não podiam esperar uma noite para resolver o assunto, agora têm condições de esperar 70 dias por uma contraproposta? Na verdade, repito o que já afirmei:os delegados não sabem o que querem da vida. Nem deste nem do outro governo. E, agora, correm o sério risco de saírem desmoralizados do processo de negociação. Ora, a proposta recusada pela categoria foi a antecipação do reajuste de 20% para este ano.

É provável que o atual governo esteja, no íntimo, usando o mesmo argumento que o governo anterior. Ou seja, que de 2003 a 2009, com os 20% de reajuste, os salários dos delegados registrariam um acréscimo de 283%. Coisa pra dar inveja a deputado federal e senador. Analisem comigo: se a reivindicação dos delegados não ultrapassasse os limites financeiros do Estado é óbvio que o governo Maranhão III iria resolver a questão de imediato. Seria uma tapa na cara do governo Cássio. Mas não faz porque sabe que não pode.

Sabe, assim como o governo anterior, que os delegados estão exigindo algo acima da capacidade de comprometimento da folha que o Estado suporta. Sabe que não pode ficar refém de exageros.

Mais uma
O governador Maranhão não cansa de nomear ex-auxiliares do prefeito Ricardo Coutinho. A lista, que já registra Marcelo Weick, Edísio Souto, Neto Franca, entre tantos outros, foi aumentada com Kilsa Ribeiro Alves, nomeada para o cargo de Diretora Geral do Centro Odontológico de Cruz das Armas, conforme portaria publicada no Diário Oficial desta terça.
Irmã do deputado federal Manoel Júnior (PSB), Kilsa foi adjunta da Saúde de Ricardo.

A franqueza de Gominho
O governo Maranhão III anda preocupado com as declarações polêmicas do delegado Gustavo Gominho, atual Secretário de Segurança. Ele é um verdadeiro tambor de explosivos.

A carne é fraca
É grave a denúncia do Tererê sobre churrascarias que estão enganando o consumidor na Capital. Além de vender “gato por lebre”, garante que há ainda enganação até nas garrafas de licor. É de embrulhar o estômago.

E os que nunca visitam?
Cerca de 96% dos turistas que visitam a Paraíba pensam em retornar. Esse é o resultado de recente pesquisa feita pela Federação do Comércio da Paraíba. O problema está naqueles que nunca estiveram aqui.


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