Categorias: Política

Opinião: Paraíba, um estado de milícias, corrupção e moralidade jogada no lixo

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A retidão de um ser humano é medida por seus atos pautados na ética e nos princípios morais que nos garantem o mínimo de civilidade e convivência mútua. E aqui escrevo não como paladino da moralidade, afinal, todos nós temos nossas falhas. Nossos “demônios” interiores, contudo, o mais vil “pecado” que alguém pode praticar está pautado na corrupção, putrefação essa que tomou conta da Paraíba como uma metástase. Uma “pandemia” jamais vista em terras paraibanas.

É quase incompreensível que organizações criminosas, formadas por seres humanos, sim, humanos, tenham buscado a corrupção para se manter no poder. Aumentar seu patrimônio de forma ilícita, esquecendo toda uma sociedade. Sociedade que os colocou no poder de forma legítima, para em seguida ser abandonada. Pandemia maldita que se espalha em todas as regiões da Paraíba. O pior do cenário que se assemelha, e muito, aos processos espúrios que jogaram o estado do Rio de Janeiro na lama e no caos.

Pouco ou nada difere nossa realidade a do povo fluminense. Vigilância e tentativa de monitorar as atividades dos membros do Gaeco, milícias envolvendo policiais civis e militares, parlamentares recebendo supostas propinas, um ex-governador que já foi preso e há uma solicitação para ele voltar a essa condição, um deputado federal que preferia o dinheiro a construir uma adutora para matar a sede do povo sofrido que vive no semiárido.

Desvios milionários da saúde e educação envolvendo uma cruz que pintou de sangue humano as paredes dos hospitais públicos. Livros e agendas superfaturados cujo destino pouco nobre foi o lixo; dinheiro na cueca, em caixas de vinhos. Toneladas de lagostas adquiridas para um só glutão, ou um pequeno número de “gigantes”.

Algo similar à história dos gigantes Gargântua e Pantagruel, pai e filho, amantes da mesa e dos prazeres da carne. Para mim. Tudo isso é muito triste. Trata-se do juízo final. O fim de uma admiração que tinha eu a certas pessoas, hoje imersas em supostas atitudes que fariam o Inferno de Dante Alighieri um paraíso na terra.

Sim, hoje estamos vendo e vivendo a Divina Comédia. O inferno da Calvário, o tabuleiro em putrefação da Xeque Mate, os Pés de Barros que fragilizam ainda mais os humildes, a Famintos que retira o leite das crianças. O que mais aparecerá? Não se sabe. Por fim, torço que, como no clássico literário de Dante, possamos “migrar” do Inferno, passando pelo Purgatório, até chegar ao Paraíso.

Por enquanto deixo essa frase, contida na obra do escritor florentino, justamente da porta do Inferno: “Ó, vós que entrais, abandonai toda a esperança.”

 

Eliabe Castor
PB Agora

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