Categorias: Política

Opinião: ou Cícero e João põem ordem, ou fura-filas da vacinação se tornarão “pandemia” na Capital e na Paraíba

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A situação é a seguinte: denúncias eclodem em João Pessoa e noutros municípios paraibanos que políticos, empresários, funcionários públicos e apaniguados estão furando a fila da vacinação contra a Covid-19, deixando o chamado grupo prioritário lesado e, claro, todos de bom senso bestificados e, de certa forma, furiosos.

E nesse ato de puro egoísmo dos chamados “fura-filas”, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o governador João Azevêdo (Cidadania) precisam de uma firmeza sólida para encontrar essas pessoas e denunciá-las ao Ministério Público Federal e Estadual, a fim de receberem as devidas penalidades, sejam elas administrativas ou criminais.

A indecência desses seres, que estão a léguas de receberem o termo “humano”, esmaga o sonho dos que mais precisam da vacina, e desafiam a leia e a ordem, em gesto anárquico e pouco louvável.

Sim, Cícero Lucena e João Azevêdo já se posicionaram contrários a tais atitudes vis. Mas é preciso muito mais. Faz-se necessário, em casos como os que vêm sendo relatados, a mão de ferro do Estado. O “dura lex sed Lex”, expressão latina, cujo significado é: “A lei é dura, mas é lei”.

Não, prefeito algum precisa, no meu ponto de vista, dar mal “exemplo” à população para mostrar que, ao tomar a vacina, não irá “virar jacaré”. Sim, falo do chefe do Executivo do município de Pombal, Abmael de Sousa Lacerda, o Doutor Verissinho (MDB), que não se enquadra no grupo prioritário, apesar de ser médico, mas que não atua na linha de frente Ele furou a fila da vacina e cometeu grave erro.

Negacionismo e os aproveitadores

Como se não bastasse todo o negacionismo do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) à eficácia dos reais imunizantes e os problemas logísticos e diplomáticos para que esse bem precioso pudesse chegar ao Brasil em atraso e na forma de gotas homeopáticas, qualquer justificativa dos aproveitadores que vá de encontro às regras implementadas pelos órgãos de saúde podem e devem ser consideradas criminosas.

Grupo prioritário tem que ser prioritário

O Plano Nacional de Imunização foi bem específico e as normas não foram escritas em russo ou mandarim e, sim, em português. Portanto, não há desculpas. É prioridade na primeira fase a vacinação de trabalhadores da linha de frente da saúde, idosos residentes em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência a partir de 18 anos de idade, moradores de residências inclusivas institucionalizadas e população indígena vivendo em terras indígenas.

Então, o ditado “farinha pouca meu pirão primeiro” não dever ser levado ao pé da letra e, sim, ao pé da Justiça. Por fim, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho já identificaram a possibilidade desse processo espúrio está acontecendo não só na Paraíba, mas em 12 estados e no Distrito Federal, daí a preocupação de toda a sociedade e órgãos de controle.

Ou banem essa prática antiética no seu nascedouro, ou mais uma dose de descaso será adicionada ao Brasil, um país que cai pelas tabelas quando o assunto é cumprir regras.

Então, quando sua vez chegar, será na hora H e o dia D para tomar a vacina. Enquanto isso não chega, mantenha todos os protocolos de segurança para evitar a sua contaminação ou transmissão da Covid-19 a outros. Outro dado importante: mesmo vacinado, continue seguindo o que a ciência recomenda, não o que os mentecaptos pregam.

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