Categorias: Política

Opinião: com a soltura de Gilberto Carneiro, prevaleceu o “efeito dominó” jogado pelos bons advogados

PUBLICIDADE

A minha pessoa não foi surpreendida com a decisão da ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em conceder liberdade ao ex-procurador do Estado, Gilberto Carneiro, preso em dezembro de 2019 durante a sétima fase da Operação Calvário.

O canto da araponga já havia ecoada nas florestas e boas bancas advocatícias. O som da sua “melodia”, parecido ao de um martelo numa bigorna, indicava a soltura de todos aqueles supostamente implicados na Calvário, que teria identificado o desviado de R$ 134 milhões das pastas da Saúde e Educação da Paraíba.

Os primeiros indícios das “asas da liberdade” foram apresentados pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que concedeu habeas corpus no dia 21 de dezembro, em seu plantão judiciário. À época ele determinou a soltura imediata do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).

O socialista foi preso no 19, após desembarcar em Natal, no Rio Grande do Norte, vindo de Portugal, onde passava férias. E naquele momento veio o óbvio “efeito dominó”. Algo que todos já esperavam, mas alguns oposicionistas ferrenhos a Coutinho não queriam ouvir, falar e enxergar. Dos 17 presos, 14 já conseguiram a tão sonhada liberdade.

O novo canto da araponga

E o canto da araponga voltou a ecoar no último dia 18. É que a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decidiu, por 4 votos a 1, manter o ex-chefe do Executivo estadual em liberdade.

Em seguida retornaram ao passeio público Gilberto Carneiro, Coriolano Coutinho, Márcio Nogueira, Bruno Teixeira, Vladimir Neiva e Hilário Ananias. Todos cumprirão cautelares. Mas para quem esteve confinado entre quatro paredes, essas medidas são mínimas.

Em tempo…

Não sou contra a liberdade dos citados na Calvário. Todos têm o direito constitucional garantido, baseando-se no entendimento dos ministros. Apontaram eles não ser necessária a prisão de Ricardo Coutinho ou manter em cárcere os que já citei neste artigo.

O problema é explicar esses fatos àqueles que têm, no máximo, um defensor público assoberbado de trabalho para defendê-los. E assim seguimos em ritmo de carnaval.

Eliabe Castor
PB Agora

PUBLICIDADE

Últimas notícias

OPINIÃO: Mais uma vez, o discurso necessário de Adriano

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, mais uma vez aproveita uma solenidade…

3 de maio de 2024

Secretário de Educação da PB evita falar em crise e diz que cabe ao Republicanos resolver com governador impasse na pasta

Crise estancada. O secretário da Educação do Governo da Paraíba, Roberto Souza, em entrevista nesta…

3 de maio de 2024

Projeto do ‘Combustível do Futuro’ relatado por Veneziano é apontado como opção consolidada para descarbonização

A aprovação do PL do Combustível do Futuro consolida o biodiesel como um dos principais…

3 de maio de 2024

Bruno diz que reforma administrativa vai continuar e cobra compromisso de auxiliares: “Governar com quem quer ajudar”

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), afirmou que novos nomes deverão…

3 de maio de 2024

Receita de JP já concedeu mais 450 isenções tributárias a empresários que desejam investir no Centro

A Secretaria da Receita (Serem) da Prefeitura de João Pessoa já concedeu mais de 450…

3 de maio de 2024

Você sabia? unidades de saúde da PB devem comunicar indícios de maus-tratos e violência contra idosos

Unidades de saúde em todo o estado devem comunicar aos órgãos sobre indícios de violência…

3 de maio de 2024