No Dia Internacional do Idoso, promotora revela realidade sofrida pelos membros da 3ª idade na PB

Amanhã é o Dia Internacional do Idoso e, para lembrar a data, é importante olhar outra perspectiva da terceira idade. Em João Pessoa, existem cinco instituições de longa permanência que abrigam 295 idosos enquanto que 1.138 aguardam uma vaga na lista de espera. A realidade dos idosos tornou-se tão cruel que quando um vem a óbito a vaga é imediatamente preenchida por outro.

A função da promotoria de Defesa do Cidadão e do Idoso do Ministério Público da Paraíba é preservar o direito do idoso em estado de risco e vulnerabilidade social, mas como a demanda é alta torna-se muito difícil atuar sem uma equipe de assistência social. As denúncias mais recorrentes de violação de direitos contra o idoso são negligência familiar, abandono, exploração financeira, autonegligência, maus-tratos e agressão verbal.

A promotora Sônia Maria relata que, muitas vezes, precisa utilizar de sua autoridade para que um atendimento de emergência seja realizado. “Já tive casos que o serviço de saúde demorou tanto a conceder um tratamento que o idoso veio a óbito. Enfrento este problema diariamente, seja para conceder um direito básico como auxílio-moradia ou alimentação, ou conseguir uma vaga no abrigo de longa permanência. Os órgãos competentes precisam entender que o idoso não pode esperar”, enfatizou.

Outro ponto que Sônia problematiza é a falta de políticas públicas voltadas para os idosos que estão em situação de vulnerabilidade social. “Precisamos direcionar nosso olhar para aquele idoso que é negligenciado por sua família, sofre exploração financeira ou está nas ruas passando necessidade por não ter instituições de longa permanência suficientes”, enfatizou. A promotora alega que a solução seria aumentar, tanto os abrigos temporários, quanto os de longa permanência. Além disso, incentivar políticas públicas de assistência social mais efetiva.

Redação

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