O governador José Maranhão (PMDB) já deu a senha: quer ampliar a base de sustentação na Assembléia Legislativa. Oficialmente com o apoio de 16 dos 36 deputados, Maranhão já mandou seu núcleo político trabalhar adesões para que ele disponha de uma bancada que lhe dê o mínimo de tranquilidade na votação dos projetos e iniciativas de interesse do Palácio da Redenção. “Há chances, sim”, admite o líder do Governo, Gervásio Maia Filho (PMDB).
Para o trabalho de coptação e reforço da base parlamentar, estão diretamente envolvidos no processo, além de Gervásio Filho, os secretários Ricardo Porto (Casa Civil) e Iraê Lucena (Acompanhamento da Gestão), ela deputada licenciada. “É notável o interesse de alguns parlamentares em, pelo menos, conversar com o governo”, revela Iraê.
Com um volume de cargos ainda vagos ou passíveis de substituição na máquina adminstrativa, o governador pretende ampliar sua base no momento de fragilidade da Oposição. José Maranhão considera o tempo essencial para ocupar espaços políticos, principalmente tirando proveito da ausência do Estado do ex-governador Cássio Cunha LIma (PSDB), seu principal adversário.
Com uma bancada de 20 deputados, a Oposição tenta manter a tese da unidade, mas ressente-se de uma ação mais coordenada de estratégias dentro do Poder Legislativo. Para o deputado Manoel Ludgério Neto (PDT), líder do bloco, trata-se de um processo natural de adaptação diante do “tsunami” provocado pela cassação do ex-governador Cássio Cunha LIma. De qualquer forma, Ludgério assegura que a bancada está firme e manterá uma postura de vigilância e acompanhamento das ações do novo governo. Adesões? “Não tocamos no assunto em nossos encontros”, destaca o parlamentar.
PB Agora
