Ao voltar da Bahia na tarde de terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá o seu primeiro dia de trabalho no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), a nova sede do Executivo enquanto o Planalto é reformado.
Sede do governo de transição instalado em 2002 após a eleição de Lula, em outubro daquele ano, o CCBB fica em uma área distante da Esplanada dos Ministérios e das principais vias de Brasília. Trata-se de um complexo cultural com salas de cinema e de exposição, teatro, cafeteria e livraria. Todos os serviços continuarão funcionando normalmente.
O objetivo da reforma no Planalto é consertar instalações elétricas, piso e climatização, entre outras mudanças. O presidente chegou a dizer ao autor da obra, Oscar Niemeyer, que o palácio, inaugurado em 1960, estava parecendo uma “favela”, com gambiarras e “puxadinhos” que o descaracterizaram.
O projeto de reforma ficou a cargo do arquiteto e, na semana passada, foi aberto um edital para a definição das empresas que irão executá-lo. O custo está estimado em R$ 94 milhões. O edital anterior, anulado segundo a Casa Civil por “problemas insanáveis de redação”, previa o total de R$ 88 milhões.
Lula exigiu que a reforma acabe até 21 de abril de 2010, aniversário dos 50 anos de Brasília. A ideia inicial da Presidência era ficar no Palácio do Buriti, do governo do Distrito Federal, mas a opção foi descartada em função do trânsito e da segurança.
No CCBB, Lula ficará distante, por exemplo, de manifestações como as de sem-terra. O Buriti fica no Eixo Monumental, justamente onde ocorrem protestos.
Perto de Lula
A obra irá alterar a rotina do presidente e a proximidade dos ministros com seu gabinete. Sem salões para eventos e com espaço bem mais restrito que a sede do governo, o CCBB abrigará, além de Lula e de seus assessores, as estruturas da Casa Civil e parte da Secretaria de Comunicação –definição que não foi nada tranquila.
Caberia ao ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral), ao general Jorge Armando Felix (Segurança Institucional) e às suas assessorias o Palácio do Buriti. Mas Dulci se sentiu preterido e justificou que não poderia despachar longe do presidente. Depois de negociações, ele conseguiu um gabinete no CCBB.
O GSI também bateu o pé por um lugar perto de Lula, com a justificativa de que o setor que zela pela segurança do presidente tem de estar ao seu lado. Pedidos atendidos, mas as assessorias de Dulci e do GSI ficarão fora do CCBB.
O único ministro com gabinete no Planalto que não brigou por lugar foi José Múcio (Relações Institucionais), que quis ficar no “bolo de noiva”, prédio anexo ao Itamaraty próximo ao Congresso.
O vice-presidente, José Alencar, manterá sua sala no prédio anexo do Planalto, que não passará por reformas.
Com os salões do Planalto desativados, a tendência é que diminua o número de eventos públicos de Lula, já que a segurança não recomenda muitos deslocamentos. Quando isso ocorrer, haverá duas opções: o Itamaraty, que será utilizado para atos de menor porte, ou então locais que tenham salões amplos, como o Memorial JK ou o Centro de Eventos Ulysses Guimarães ou o Hotel Alvorada. Encontros mais formais poderão ocorrer também no Palácio da Alvorada, residência do presidente.
Folha Online
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