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Lula derruba mitos

O bom do presidente Lula é que ele fala pelos cotovelos. Quem quiser pará-lo, terá que fazer mais do que limitar o contato do presidente com apenas um sistema de comunicação, como foi feito durante sua visita a Campina Grande.

Não adiantou o Correio da Paraíba ter montando um esquema a fim de que Lula só falasse o interessante para o governador Maranhão. Lula falou o que quis, para gosto ou desgosto do PMDB.

Sem que precisasse ser provocado, Lula foi logo confirmando: as brigas políticas na Paraíba atrapalhavam suas visitas ao Estado. Como se a Paraíba já não fosse tão pequena eleitoral, geográfica e economicamente para ser incluída no roteiro nacional do governo federal. Não foram poucas as vezes que se ventilou na Paraíba pedidos do próprio governador Maranhão para que Lula não inaugurasse a BR-30 antes de tomar posse no governo.

No campo político, o presidente quebrou mais um mito. De que o PT terá que dar apoio à reeleição do governador Maranhão pelo simples fato de ter o vice-governador no governo. “Não tenho aliado preferencial”, disse o presidente, como se desse a senha: que vença o melhor.

Assim, não adianta o grupo do governador Maranhão, como quis fazer com Eduardo Campos, do PSB, dizer que a “parada” na Paraíba vai ser decidida pela direção nacional do PT. Nada disso. Lula quer os melhores palanques para Dilma Roussef nos estados, sejam estes palanques de quem quer que seja.

Ora, Maranhão sempre foi um fiel aliado de Lula. Chegou a apoiar Lula quando todo o PMDB estava com o PSDB em 2002. E hoje governa a Paraíba com o PT. O que fez Lula, então, não antecipar: “O PT vai trabalhar para reeleger Maranhão?”. Muito sintomático.

Isso faz com que a eleição interna do PT, a ser realizada em novembro, ganhe contornos de guerra civil. Porque de nada adiantaria brigar por assumir a direção do PT na Paraíba para que uma ordem lá de cima definir o candidato a governo a ser apoiado pelo partido na Paraíba.

Com as declarações de Lula, o governador Maranhão deve passar a trabalhar mais com números. E menos com boatos.

 

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