Criado em 2014 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Instituto do Semiárido (INSA), instalado em Campina Grande, deve mesmo ser extinto. Esta semana, o ex-secretário de Agricultura do Estado, Marenilson Batista, que há alguns meses passou a responder pelo Departamento de Extensão Rural e Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, confirmou que “existe uma proposta” de extinção do Instituto.
Os movimentos sociais já reagiram. A classe política paraibana deve se mobilizar – recomendou Marenilson em entrevista à Rádio Caturité, para realçar, por fim, as ações do INSA na área do reuso da água e da melhoria da alimentação animal na região nordestina.
Esta semana o vereador Olímpio Oliveira (PMDB) revelou que o Governo Federal tenta reduzir a dimensão do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e transformá-lo em uma coordenadoria. Para ele, é inadmissível um órgão tão importante para o Nordeste ser desestruturado assim.
– Conversava com especialistas e dois argumentos foram colocados: primeiramente, deixaria de ser unidade de pesquisa, perderia esse status e de outra sorte nós estaríamos perdendo autonomia financeira no momento muito difícil em que todo o Nordeste enfrenta a pior seca de todos os tempos, em que nós precisamos do ensinamento técnico, do embasamento científico, de como conviver com essa seca e de, principalmente, como superar essa adversidade através de novas tecnologias – disse o vereador.
Olímpio comentou que está agendando uma audiência pública na Câmara de Campina Grande (CMCG) para o dia 30 de novembro com o objetivo de discutir sobre o instituto.
O Insa desenvolve ações que visam beneficiar 22 milhões de pessoas no Nortedeste. A extinção do Instituto prejudicaria a luta contra a seca. Diante do risco a Assembleia Legislativa da Paraíba, aprovou um requerimento de autoria da deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) para a realização de sessão conjunta com a Câmara Municipal de Campina Grande, por meio de proposição do vereador Olímpio Oliveira.
“Diminuir a proporção de um Instituto que age na luta contra a seca, principalmente em tempos de dificuldade para o povo que convive com a falta de água quase diária, é desumano. Precisamos buscar justificativas para tal ato, e se possível, reverter essa situação”, afirmou Daniella.
Criado por meio da lei n°10.860, de 14 de abril de 2004, o Instituto do Semiárido é órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo Federal. Em Campina Grande, existe uma Unidade de Pesquisa Integrante que realiza pesquisas e estudos para a região.
PBAgora