O governo estuda uma nova rodada de redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para melhorar o fluxo de crédito e baratear o custo do dinheiro para o tomador final. Ao mesmo tempo, analisa o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre cigarros, para reforçar a arrecadação.
Segundo uma fonte do governo, a ideia do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é divulgar essas medidas fiscais no início da próxima semana, quando o governo deve confirmar a redução do IPI para motos e a prorrogação do corte do tributo cobrado sobre os automóveis. Mantega quer negociar com as montadoras a preservação dos empregos.
O benefício do IPI para automóveis, concedido em dezembro do ano passado em meio à queda das vendas do setor, termina no dia 31 deste mês. Na época, as motos tiveram apenas a redução do IOF. Segundo fonte da equipe econômica, Mantega terá reuniões hoje, em São Paulo, com dirigentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para fechar um acordo em torno da prorrogação do IPI. “O ministro não vai aceitar prorrogar o IPI sem contrapartida”, comentou um assessor. No início deste ano, quando as montadoras começaram a demitir e dar férias coletivas, o ministro foi criticado por ter reduzido o IPI sem exigir nada em troca.
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