campanha presidencial no Brasil centra toda sua atenção aos cabeças de chapa, aquele candidato que leva o número que será digitado na urna eletrônica no dia da eleição. Ignorado pelos eleitores durante quase toda a corrida eleitoral, o vice, depois de eleito, pode surpreender todo mundo e acabar sentando na cadeira de presidente.
No Brasil, nada menos do que sete vices acabaram vendo o cargo de presidente da República cair no colo depois que o titular precisou deixar o posto (veja arte abaixo). Três vices penduraram a faixa presidencial no peito depois que o político eleito precisou renunciar. O último foi Itamar Franco, que ganhou a Presidência do Brasil com a renúncia de Fernando Collor de Mello, em dezembro de 1992.
Outros quatro vices passaram a despachar no Palácio do Planalto depois que o titular morreu. O exemplo mais emblemático é o do hoje presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Ele assumiu a Presidência em março 1985 como vice-presidente depois que Tancredo Neves adoeceu. Com a morte do presidente, Sarney assumiu no dia 21 de abril.
A importância de olhar o vice antes de escolher o presidente vem à tona depois das últimas declarações do companheiro de chapa do candidato à Presidência José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEM), considerado pelos adversários um político despreparado depois de suas declarações ligando, sem apresentar provas, o PT aos narcotraficantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Por outro lado, o vice da candidata petista Dilma Rousseff, Michel Temer (PMDB), foi citado em operações da Polícia Federal, enquanto o empresário Guilherme Leal – o vice de Marina Silva (PV) – é inexperiente na política. Temer sempre negou qualquer envolvimento na operação Castelo de Areia.
O professor da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), José Paulo Martins Júnior, diz que a influência do vice é maior ou menor dependendo de seu perfil. Para ele, se Dilma vencer, Temer terá grande destaque por presidir o maior partido do Brasil. Se quem levar for o Serra, o especialista acredita que Indio, um semi-desconhecido no DEM, terá sua voz abafada.
Mas o papel que o vice vai desenvolver no governo vai aparecer ao longo do mandato.
História
O segundo cargo mais importante da República, criado em 1891 com a proclamação da República, foi eliminado entre 1930 e 1945 pelo presidente Getúlio Vargas. O posto só voltou a existir com a Constituição de 1946.
Até 1964, com o golpe militar, as funções do vice-presidente eram um pouco diferentes do que são hoje. Naquela época, o vice também presidia o Senado. Entre 45 e 64, o eleitor votava no candidato a presidente e no candidato a vice. Em 1956, por exemplo, João Goulart recebeu mais votos do que o presidente eleito, ninguém menos do que Juscelino Kubitschek.
Para a cientista política Maria do Socorro, professora da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), a mudança para o sistema atual é melhor porque evita crises institucionais.
– Já pensou um presidente do PT e um vice do DEM?
Ainda assim, o vice-presidente pode acumular funções, como foi o caso do atual vice, José Alencar, que entre os anos de 2004 e 2006 também foi ministro da Defesa.
R7
Associação de Mídia Digital (Amidi) e a Associação Paraibana de Imprensa (API) emitiram uma nota…
A Prefeitura de Bananeiras, localizada no Brejo paraibano, divulgou um comunicado oficial em resposta ao…
Quatro pessoas ficaram feridas em um acidente na tarde deste sábado (04) em Santa Rita,…
Um menino de 8 anos foi vítima de uma agressão grave quando um vizinho atirou…
As ações de fiscalização de trânsito da Polícia Militar da Paraíba realizadas nas últimas doze…
O governador da Paraíba, João Azevêdo, indicou o período junino como um marco para a…