Política, dizem, é coisa pra doido. Ou pra deixar qualquer um maluco. Primeiro porque entendê-la não é fácil – eu diria até praticamente impossível. Segundo porque ela é tão dinâmica, mas tão dinâmica, que um fato ou uma declaração divulgada neste ou em outro portal podem ficar superados dali a algumas horas.
Mas política também tem seu humor. Não é engraçado ver Ricardo Coutinho defendendo aumento do IPTU, hoje, e um portal da cidade postar uma foto dele, de anos atrás, protestando contra os “aumentos abusivos”, com camiseta temática e tudo?
Também morro de rir com as “grandes ideias” que um determinado governo tem, não consegue implantá-las e aí passa a fazer oposição a elas quando o sucessor adversário as assume.
Um exemplo: o TCM. O Tribunal de Contas do Município foi ideia de maranhistas. Queriam eles um bom cabide de empregos para os amigos e correligionários. Deixaram passar a oportunidade e a turma de Cássio Cunha Lima logo pegou carona na proposta. Foi o suficiente para que a primeira turma defensora do TCM gritasse que aquilo era um absurdo. E, pra falar a verdade, era mesmo. Mas não menos absurdo que uma mudança tão brusca de opinião.
Bom, de qualquer forma a ideia não vingou e prevaleceu o bom senso. Valeu o espetáculo dos argumentos de um e outro lado, todos absurdamente hilariantes.
Agora, pra ficar mais engraçado ainda, a peteca voltou às mãos dos maranhistas. Estariam eles, depois que assumiram o governo, pensando em reorganizar o cabide de empregos? Ganhar tempo até ver se fazem maioria na Assembléia Legislativa para resgatar a grande ideia? Ou usá-la como moeda de barganha? Estariam fazendo, como denunciou a oposição, “corpo mole” para dar tempo a que as nomeações dos novos conselheiros do TCE passem pelas mãos do novo governo?
Bem, alguns podem até estar pensando nisso, mas o governador José Maranhão deixou bem claro que vai revogar definitivamente a lei que criou o TCM. Deu sua palavra. Palavra de governador.
Sei… mas vai revogar quando mesmo?