A Paraíba o tempo todo  |

Dilma repudia manobra da oposição

Dilma Rousseff diz que é preciso ser criterioso para que não se acuse sem provas

A candidata do PT, Dilma Rousseff, reclamou nesta quarta-feira (11) sobre a insistência da oposição em debater a suposta fabricação de dossiês para serem usados na campanha eleitoral. Nesta manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado convidou mais pessoas para discutir o tema. Para Dilma, é preciso ter provas das acusações que estão sendo feitas e pessoas podem entrar para a história por fazer “calúnia” durante a campanha.

“Se fosse verdade que essa campanha tivesse feito coisas inadequadas, todas as vezes que nós entramos na justiça teriam aparecido provas. Devemos ser criteriosos para que não se acuse sem prova porque vai chegar no final da campanha e vai ter gente que vai entrar para a história das campanhas eleitorais por ter feito calúnia, por ter difamado pessoas sobre as quais não tinha prova”, afirmou Dilma.

A petista disse “repudiar” a tentativa de se colocar este tema no meio da discussão eleitoral e afirmou que há a intenção de “embaralhar as questões” ao se propor este tema. “Repudio completamente a tentativa de levantar este tipo de problema em campanha eleitoral. Isso é para buscar embaralhar as questões e eu não vou me dispor a levantar procedimentos indevidos realizados em campanhas no passado”.

Dilma disse ainda ter sido “elegante” ao tratar do tema saneamento em entrevistas. Ela afirmou que os investimentos no governo Lula são muito maiores que no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).

“Eu fui muito elegante, não quis dar impressão de desmerecer ninguém, mas vamos discutir. (…) Não há condições de comparar os investimentos em saneamento em qualquer aspecto com o governo anterior. Este governo voltou a investir também em urbanização de favelas, coisa que não se fazia. A investir na Rocinha, no Alemão, em Manguinhos”, afirmou Dilma.

Segundo ela, os investimentos na favela da Rocinha, de R$ 276 milhões, são equivalentes aos que ocorreram no governo anterior em todo o país.

Dilma falou com a imprensa na chegada de um evento da Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF), em Brasília. Sobre o tema, a candidata afirmou que o investimento nestas áreas é importante para o escoamento da produção e também para melhorar a qualidade das rodovias.

“Em termos de transporte ferroviário nós temos problemas bastante sérios. (…) Enquanto estivermos transportando minério de ferro, soja e grãos pelas rodovias nós continuaremos tendo problemas nas rodovias porque este transporte é típico de trem”, afirmou.

Questionada se há uma co-relação entre a divulgação de dados pelo governo e sua campanha, a ministra afirmou ainda que é “total” a relação entre dados positivos do governo e sua candidatura. “Tudo que for positivo do governo é realização que eu tenho orgulho de ter participado. Agora, qual é a alternativa? Vamos esconder que o país vai bem? Não falar não seria também usar eleitoralmente? A quem interessa ocultar?”, questionou a candidata.

Trem-bala

A candidata do PT, Dilma Rousseff, ainda afirmou que não é preciso escolher entre fazer o trem-bala, que ligaria Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, e investir em metrô nas grandes cidades do país. Para ela, é possível fazer os dois investimentos. O candidato do PSDB, José Serra, critica a proposta do trem-bala e defende que se use os recursos para investir em metrô.

“Nós não vamos colocar alternativa de trem de alta velocidade ou metrô. Não são substitutos um do outro porque eles são diferentes um do outro. (…) Podemos sim ser capazes de construir nestas duas direções”, afirmou a candidata.

Dilma comparou o caso com a escolha entre investimentos em metrô ou linhas de ônibus, como teria acontecido na década de 80. “Nos anos 80 falava-se que era absurdo esse país subdesenvolvido querer investir em metrô, dizia-se que tem de fazer linhas de ônibus e deu no que deu, num atraso nosso em relação à tecnologia de metrô”, afirmou.

A candidata afirmou ainda que o trem-bala tem potencial para substituir o transporte aéreo. Ela citou exemplos de outros países em que isso teria acontecido. “Essa é uma tecnologia que substituiu o transporte aéreo em alguns lugares. Ele é ponto a ponto, sai de um centro e vai a outro. Não sei se vai acontecer no Brasil, mas já aconteceu no Japão, entre Paris e Bruxelas, está acontecendo na China e parece que tem essa tendência na península ibérica”.

 

 

G1

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe