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Dilma diz que se sente bem, mas não volta ao trabalho nesta quarta

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ao deixar o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que se sente bem, mas que não retornará ao trabalho nesta quarta-feira (20).

 

“Agora [estou] muito bem. Ontem eu estava com muita dor nas pernas, por que eu tenho uma reação quando se tira a cortisona”, afirmou.

 

A ministra foi internada na madrugada de terça (19) devido às dores musculares que sentia nas pernas, devido ao tratamento quimioterápico que realiza contra um câncer linfático.

 

Ela deve retornar a Brasília, mas ainda não sabe quando. “Ainda vou ver a hora que eu volto para Brasília, se volto hoje ou amanhã de manhã”. De qualquer maneira, a ministra não deve retomar o trabalho antes da próxima segunda-feira (25). “Em princípio, estamos pensando em suspender a agenda do final de semana. Por conta da minha baixa imunidade. Eu também funciono diferente. A minha imunidade cai mais antes do que depois”, afirmou a ministra.

Dilma não confirmou a informação de que passaria a noite em um hotel na capital paulista. “Ainda não sei aonde eu vou. Já disse que só falo de mim a posteriori”, disse. “Sou uma figura pública, mas um pouco de privacidade eu tenho direito.”

 

Dilma agradeceu o apoio que disse ter recebido de muitas pessoas. ““Queria aproveitar e agradecer a quantidade de solidariedade que nesse período eu recebi. Agradeço aquelas pessoas que estão rezando por mim. Agradeço as que torcem por mim. Agradeço as que me encontram e dizem que vai passar”, disse.

 

Candidatura

 

A ministra admitiu que está usando uma peruca em razão da perda de cabelos provocada pela quimioterapia. “Estou usando uma peruquinha básica, como vocês podem notar. Quando [o cabelo] estiver da altura mais ou menos dos masculinos, vou tirar porque peruca é muito chato”, afirmou.

 

Dilma condenou os que relacionam a doença e a possível candidatura dela à Presidência da República. “Acho de muito mau gosto misturar uma doença que é hoje curável com questões políticas. A própria população vai entender que isso não é adequado.” Sobre a candidatura, repetiu: “não falo nem amarrada”.

 

A ministra afirmou que conversou por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de ele ter chegado à China e jantado com o presidente chinês, Hu Jintao. “Fizemos um despacho básico”, declarou.

 

Em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem oficial à Ásia, disse ter conversado por telefone com o médico pessoal da ministra, o cardiologista Roberto Kalil, e ter recebido a notícia de que ela está bem. Lula também reafirmou que Dilma é sua candidata à sucessão.

 

Internação

As dores que levaram à internação da ministra começaram na segunda (18), em Brasília, enquanto ela trabalhava. Na terça ela foi internada, “Não vou dizer que não foi um dia ruim. Foi um dia ruim. Dor é sempre desagradável”, disse Dilma.

 

A ministra disse que até agora não sofreu outros efeitos colaterais da medicação e que não teve alteração de peso. “Eu já tomei essas quatro [sessões de quimioterapia] e não engordei”, disse Dilma, que também negou ter perdido peso. “Não emagreci. Infelizmente, não emagreci”, brincou a ministra.

Boletim médico divulgado na terça-feira (19) informou que Dilma Rousseff “encontra-se estável com o uso de medicação analgésica”.

Segundo informou o “Jornal Hoje”, a ministra teve dores “lancinantes e teve de ser medicada com analgésicos derivados de morfina. Exames de sangue tiveram resultados normais.

O comunicado do hospital informou que as dores foram motivadas por um quadro de “miopatia”. Segundo a assessoria do Sírio-Libanês, trata-se de uma inflamação muscular decorrente do tratamento de quimioterapia.

 

A ministra está tratando um linfoma, um câncer no sistema linfático, e realizou, até o momento, quatro sessões de quimioterapia.

A assessoria de imprensa da Casa Civil informou que eventos externos com a presença da ministra foram cancelados até o final da semana.

 

 

 

G1

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