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Deputado revela detalhes de projeto que pode criar Porto de Águas Profundas na Paraíba

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Apontado como importante equipamento para impulsionar o transporte marítimo e consequentemente, a economia paraibana, o Porto de Águas Profundas, pode sair do papel no próximo ano, mas para isso, vai precisar da união da classe política.

Um dos entusiastas do projeto, o deputado estadual Moacir Rodrigues (PSL),  revelou detalhes do projeto.  Conforme enfatizou o deputado, o projeto tem um custo de R$ 4,2 bilhões e o porto ocupará uma área de 10 mil hectares.


Moacir disse que lideranças e prefeitos da região  lutam para conseguir parcerias para o projeto sair do papel. Ele garantiu que  o projeto já conta com R$ 2 milhões que são de emendas do deputado federal Wellington Roberto.

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Com esses recursos, segundo o parlamentar, será possível fazer essa atualização do projeto e elaboração de um estudo de viabilidade econômica.

Pelo menos 12 municípios paraibanos, localizados no Vale do Mamanguape, deverão ser beneficiados com o projeto.  A perspectiva é que  em cinco anos, após sua criação, o Porto de Águas Profundas gere 30 mil empregos diretos, o que dobraria o número de habitantes no município de Mataraca, no Litoral Norte do Estado.

Para o deputado, será preciso a união dos políticos da Paraíba para concretizar o projeto. O investimento, que deve contar com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da Sudene, pode atrair empresas e gerar milhares de empregos.

Moacir projetou que a Paraíba só poderá se ter um porto com maior profundidade.  Ele ressaltou que o Estado tem esse potencial, energia eólica, uma BR-101 a 100 km de Natal, e João Pessoa. 

Ele observou que as empresas paraibanas precisam transportar para Recife, as suas mercadorias para exportar, justamente  porque a Paraíba não tem porto com as dimensões do Porto de Águas Profundas.


“Estamos em uma luta para fazer com que as autoridades ajudem, para fortalecer nosso estado. Porque não podemos deixar uma grande potência dessa, como temos no estado do Ceará e Pernambuco” observou.

Por sua magnitude, o projeto não depende apenas da captação de recursos. Para dar andamento ao projeto é necessário o licenciamento ambiental que é de responsabilidade do Governo do Estado

Moacir Rodrigues observou  que a ideia é apartidária e deve ser abraçada por todos, visto que vai alavancar a economia local e fortalecer ainda mais os municípios paraibanos.

“O projeto não tem partido político, é para o crescimento e desenvolvimento da Paraíba. Conclamamos as classes política e empresarial para apoiar o projeto que é de grande importância para impulsionar a nossa economia” enfatizou Moacir.

O prefeito de Mataraca, Egberto Madruga, que lidera o movimento, disse em recente entrevista, que já foram realizadas diversas reuniões com gestores, instituições, deputados estaduais e associações.

“Isso foi dando corpo às discussões e avançando”, comentou. O investimento para construção do porto chega a R$ 4 bilhões. O Porto terá capacidade para receber, simultaneamente, até oito navios, sem afetar a fauna marinha local.

O gestor explicou que o projeto precisa passar por uma atualização, tendo em vista que foi elaborado em 2010, na gestão do ex-governador José Maranhão.  Egberto Madruga disse que já se reuniu com o governador do Estado, mas que ainda não avançou.
 “Precisamos fazer o licenciamento dessa obra, com o Governo do Estado. Isso acontecendo a Paraíba receberia diversas grandes empresas”, comentou.

Segundo Madruga, em pleno funcionamento, o Complexo da Paraíba pode gerar cerca de 30 mil postos de trabalho, como acontece atualmente no Porto de Pacém, no Ceará. A audiência pública será em um auditório, no Centro de Mamanguape, em frente ao Banco do Brasil, às 8h.

Os defensores da ideia pontuam que entre os fatores favoráveis à instalação do equipamento em Mataraca está a localização da cidade, equidistante de João Pessoa e Natal, perto da BR-101 e em área com sistemas de energia limpa e gás encanado. Mataraca tem um parque eólico chamado “Vale dos Ventos”, com capacidade de gerar 48 Megawatts (MW) de energia com 60 aerogeradores.

Segundo os defensores do projeto, o novo porto terá uma capacidade maior, sem a necessidade de dragagens e poderá contribuir para que o Porto de Cabedelo seja mais explorado também de forma turística, e não só como já é hoje”. Dragagem é o processo de escavação feito para retirar areia e dar espaço para a água do mar ficar mais profunda.

Mataraca já tem 16 metros calados, maior do que o Porto de Cabedelo, e tem mais de 8 mil hectares de área desmatada que irá servir para a especulação. Além disso, a construção do Porto de Águas Profundas ficaria mais próximo da costa da África. O Porto seria autossustentável, pois a área conta com um parque eólico e recentemente fez parceria com uma empresa chinesa para produção de energia limpa.

Recentemente, doze prefeitos do Vale do Mamanguape, parlamentares estaduais e federais, empresários e representantes do governo do estado e de entidades da sociedade civil participaram de uma audiência pública, em Mamanguape, para discutir o projeto do “Porto de Águas Profundas”.

Além de Matraca, estudos foram feitos em outras três áreas da Paraíba: Baía da Traição, Lucena e Pitimbu. A região de Mataraca foi a que apresentou as melhores características marinhas, como profundidade mais perto da costa, de relevo e potencial logístico.

De acordo com relatório técnico, o Complexo Industrial, Tecnológico e Portuário da Paraíba, como oficialmente é chamado o Porto de Águas Profundas, terá capacidade para receber até oito navios de forma simultânea, com uma área de 2.120 metros de atracagem e, segundo os técnicos, terá impacto mínimo na fauna marinha como aconteceu em Suape (Pernambuco), onde os ataques de tubarão se proliferaram após a instalação do porto.

A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) já se reuniu, com o governador João Azevêdo (Cidadania) e o prefeito de Mataraca, Egberto Madruga, para discutir a proposta de construção de um Porto de Águas Profundas no município.
 Segundo a Famup, o governador João Azevedo (Cidadania),  foi muito receptivo ao projeto por entender que é de grande importância econômica para o estado.

SL
PB Agora

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