Na semana em que o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff entra em sua fase final no plenário do Senado, o presidente em exercício Michel Temer dedicou a maior parte da agenda para receber senadores – foram oito em dois dias. Oficialmente, o Palácio do Planalto diz que o objetivo é ajustar a agenda de votações no Congresso, mas nos bastidores há um esforço para consolidar o placar do processo de impeachment. O governo espera ter entre 60 e 63 votos.
O Planalto ainda espera contar com o voto do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem evitado se posicionar sobre o tema. Em mais um aceno de proximidade com Renan, Temer o convidou para ir à China na comitiva brasileira, após a votação no Senado.
O Planalto investe até em quem já anunciou que vota em Dilma, como o senador Telmário Mota (PDT-RR), que foi procurado por aliados de Temer. Um interlocutor direto do presidente disse que “onde for identificado algum sinal de possibilidade de apoio” haverá investida.
Muro
O alambrado para dividir manifestantes pró e contra o impeachment começou a ser reconstruído na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A exemplo do que ocorreu nas etapas anteriores do processo, o muro tomará toda a extensão da via. A previsão é de que os grupos contra e pró-afastamento comecem a chegar a Brasília no domingo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Revista IstoÉ
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