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De olho em 2010, PT e PMDB acertam pré-compromisso

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O PT e a parte do PMDB alinhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva querem anunciar, em meados de outubro, que fecharam um “pré-compromisso eleitoral” para a sucessão de 2010. Diante da pressão do “PMDB tucano”, que apoia a candidatura presidencial do governador paulista José Serra (PSDB), o PT concordou em acelerar os entendimentos com os governistas do PMDB, tal como defendera o presidente da Câmara, Michel Temer (SP). O temor do PT é que o PMDB se disperse e a ala serrista ganhe força, dificultando a aliança oficial que pode dar a Dilma no mínimo mais 3 minutos e 11 segundos de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

“Você tem toda a razão. Não dá para fechar a aliança em outubro, mas podemos fazer um pré-compromisso eleitoral”, propôs a Temer o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), para conforto do peemedebista mais cotado para a vaga de vice na chapa presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O PT tratou de se movimentar depois que o ex-governador Orestes Quércia desembarcou em Brasília na tarde de terça-feira, 22, disposto a impedir um “acerto precipitado” da legenda com Dilma.

 

Além do telefonema objetivo de Berzoini, com a proposta do “pré-acordo já”, Temer também gostou da conversa com a ministra Dilma no gabinete do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). “Pela primeira vez ela não escondeu sua condição de candidata a presidente. Ao contrário, disse isto claramente”, entusiasmou-se o deputado, que em entrevista ao Estado cobrara da ministra e do PT que assumissem logo a candidatura.

 

Ele contou a Dilma que, no encontro que acabara de ter com Quércia, destacara que o PMDB “apanha muito por razões éticas” com o propósito de cobrar correção. “Se não vamos com o governo (em 2010), temos que sair do governo, exatamente como lhe cobrei que fizéssemos quando você não queria apoiar Serra (em 2002) e estávamos no governo Fernando Henrique”, teria dito Temer a Quércia.

 

Minas Gerais

 

Divergências à parte, até governistas como o ministro das Comunicações, Hélio Costa, admitem que Quércia tem razão quando afirma que o quadro ainda está indefinido nos estados e que, a depender das alianças locais, a maioria governista pró-Dilma pode virar em favor do PSDB. É o caso de Minas Gerais, onde Costa lidera com folga a corrida pelo governo estadual e, diante da indefinição do PT, não hesita em afirmar que o quadro está inteiramente em aberto: “Tanto podemos compor com o PT, como com o PSDB.”

 

O ministro explica que Minas está em compasso de espera, aguardando “um passo” do governador Aécio Neves (PSDB). Costa não tem dúvidas de que, se o mineiro – e não o paulista – for o escolhido dos tucanos para disputar a presidência, o estado inteiro ficará com ele. Vai mais longe, e admite que a “relação fraterna” que mantém com Aécio pode evoluir para uma parceria local que certamente vai influir na aliança nacional.

 

“Por mais que a gente diga que quer o PT (como parceiro para a chapa ao governo de Minas), o PT não diz nada”, queixa-se Hélio Costa. “Amor não correspondido é muito ruim. Cansa”, diz o ministro. Apesar do bom humor, Costa deixa claro que a espera tem limite. “Até o fim de janeiro fica (como está), mas, aí, quem tiver candidato a governador terá de se posicionar”.

 

No caso do PT, são dois os pré-candidatos ao governo de Minas: o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Talvez por serem dois petistas, Costa avalie hoje que está mais fácil compor com o PSDB de Aécio do que com o PT.

 

Cenário nacional

 

Na questão nacional o cenário é outro. Governo e PT programam uma reunião ampla com a cúpula peemedebista, ao final da primeira quinzena de outubro, antes de fecharem o pré-compromisso. A data será marcada depois que Lula e Temer voltarem da viagem à Europa – ambos irão a Copenhague no início do mês para tratar das Olimpíadas de 2016, e a agenda do presidente Lula inclui visita a mais dois países. Até lá, Temer vai ampliar as conversas internas.

 

Estadão

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