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Como assim?

    Não posso acreditar que agora a bancada maranhista queira o Tribunal de Contas do Municípios. Não, não é possível tamanha cara-de-pau. Ou é?
Bem, nós, que lidamos direta ou indiretamente com a política e os políticos, já devíamos estar acostumados a essas mudanças bruscas de opinião. É só passar da oposição para o governo que o discurso muda rapidinho. Assim, vapt-vupt, sem-cerimônia, sem vergonha, sem o menor rubor diante de um eleitor atônito a perguntar: “Como assim”?

    E tudo o que se pregou contra o ex-governador Cássio Cunha Lima, à época da discussão do TCM, agora tá valendo, tá bonito, tá legal… Agora pode tudo. Se os maranhistas, senhores da razão e da moral, acharem que o tribunal deve ser criado, não há nada de imoral nisso, não é mesmo?

    O deputado Gervásio Filho acha que não se deve mais abandonar a ideia do TCM, que ele mesmo atacou, bradando como um leão, como sendo “uma vergonha”, uma “imoralidade”. Agora o discurso virou quase um miado: “Vamos avaliar sem precipitação”.

    Precipitação? Ora, o projeto que os hoje governistas querem ressuscitar foi enterrado pelo ex-governador Cássio, por conta das pressões desse mesmo grupo e dos conselheiros e funcionários do Tribunal de Contas do Estado. Foi uma guerra quase sangrenta. Cássio, enfim, reconheceu que não seria oportuno criar o tribunal. Foi convencido pela então oposição. E agora, assim de repente, o TCM não é mais uma vergonha? Como assim?

    Ah, tá, agora os conselheiros do TCM serão escolhidos por José Maranhão. Então, tá bom. Tá na moral.

    Cadê os funcionários do Tribunal de Contas do Estado, que andam calados diante dessas declarações dos governistas? Cadê toda aquela disposição para mobilizações barulhentas diante da Assembleia Legislativa?

    Vamos, gente, anime-se!
 


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