Cientista político avalia que internet propicia a antecipação da campanha eleitoral

Enquanto o Congresso restringiu regras por meio da reforma eleitoral, reduzindo o prazo de campanha para 45 dias, por outro lado, a Justiça Eleitoral abriu espaços para os que desejam disputar o pleito se apresentem aos eleitores, seja pessoalmente, no corpo a corpo, ou por meio das redes sociais. Especialistas garantem que as permissões garantidas ainda na pré-campanha antecipam o processo eleitoral.

Segundo o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista político, Lúcio Flávio, um dos pontos que propicia a antecipação é a internet. A liberdade concedida, principalmente nas redes sociais, propicia a antecipação da campanha e também uma profusão da fake news (notícias falsas) para desestabilizar candidaturas adversárias. Ele analisa ainda que “dificilmente a Justiça Eleitoral terá condições de controlar e punir os excessos”.

“Pois teremos uma avalanche de propaganda e contra-propaganda que dificilmente será controlada. Sem medo de errar: a campanha já começou em grande proporção, no Brasil e na Paraíba”, destacou o professor.

Lúcio Flávio disse que hoje a internet é o principal instrumento de comunicação e, consequentemente, já está sendo utilizado em larga escala para divulgar as candidaturas. De acordo com ele, as formas tradicionais de se fazer campanha (banderagens nos sinais, carreatas, panfletagens, arrastões e carreatas) serão superados pelos sítios no hiper-espaço.

Com a possibilidade de uso da internet para impulsionar postagens de redes sociais autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), especialistas acreditam que os concorrentes com mais dinheiro terão mais vantagem. A publicidade paga na internet era proibida até a eleição passada. Este ano será permitida.

Redação

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